quinta-feira, 3 de abril de 2008

quem um dia irá dizer?

Depois de uns meses, terminaram.

Ela, que viajou, tirava fotos e tomava cafés tentando esquecer dele, que ficou lá.
Ele, que ficou lá, fazia palavras-cruzadas de jornal e ouvia múscia pensando nela, que viajou.

As férias começaram e acabaram.
Ela voltou de viagem e largou a natação.
Ele voltou a escrever e largou a faculdade.

Ela procurou por ele no orkut e não achou.
Ele viu as fotos da viagem no orkut do irmão.

Os olhos acharam o número que as mãos teimavam em discar - e desligar.
Ainda perguntavam discretamente sobre o outro aos amigos. Mas falavam que não era nada de mais, perguntavam como perguntariam sobre qualquer um. Afinal, não tinha mais nada a ver.
Ou tinha?

Enfim, o encontro.
Dia das Bruxas, festa pra reunir todo mundo.
Ela de morcego.
Ele de 'criança fantasiada'.

Ela riu e disse oi.
Ele suspirou e disse oi.

O trenzinho passou por eles e ela foi puxada com eles.
Não se encontraram mais.
Não queriam se encontrar.
Aquele oi já tinha dito tudo. E eles tinham entendido isso.

Nenhum comentário: