sexta-feira, 28 de março de 2008

aulas de biologia

"Depois de algo parecido com o barulho do catarro perdendo o vôo da liberdade na mão de alguém...
'Aaaaaaaah!'
'Anda, sai da frente!'
'Calma, não empurraa!!'
'Tão empurrando lá atrás...'
...que lugar estranho! Não gostei daqui... Ih, o que eu tinha que fazer mesmo?
'Oi, a troco de que estamos todos aqui?'
'Estamos procurando por ele.'
'Ah sim! Lógico, estamos procurando por ele! Ele... ele quem?'
'Se você não sabe não deveria estar aqui.'
'Ah tá, obrigado.'
...ih, qual túnel escolher? *direita esquerda direita esquerda* Vou seguir a maré então... Opa, empurrado pro lado esquerdo! Aí vamos nós! Uhuul
*Ohhhhhh*

'Esse é o ele que estávamos procurando?'
'É... Parece que sim...'
'E o que a gente faz agora?'
'Agora mais nada.'
'Como assim? Depois daquela aterrisagem forçada e desse nado todo a gente não faz NADA?'
'Bom, na verdade a gente deveria fazer, mas um mais malandro já chegou lá.'
'Então...'
'Então nada. É isso.'
'É isso o que? A gente vai praonde? Isso aqui tem saída?'
'Ter tem, mas a gente não vai sair, a gente só vai sentar e esperar.'
'Ah, que bom! Esperar outro Ele?'
'Não, esperar a morte mesmo...'
...!!"

-Professor, espermatozóides que não fecundam o óvulo morrem?
-De certa forma, sim.
-Então eles são seres vivos? Vários pedacinhos do homem?
-Não e sim... Na verdade...
-Eles são horcruxes?
-Não, definitivamente não.
-Droga.

quinta-feira, 27 de março de 2008

o assunto do dia

"Esse mosquito é federal, estadual ou municipal?"
Discussões como essa me fazem pensar: "É... Quem sabe eu não daria uma ótima política?!". Discutir quem vai se responsabilizar pelas mortes quase inacreditáveis (já que o que causa a morte, segundo o Jornal Hoje, é a desidratação), gastar aos tubos o dinheiro público com o super cartão corporativo e depois dizer que não foi bem assim, brincar de cassar os amiguinhos da oposição no poder... Eu ia comentar sobre ouvir as asneiras que um cara que estudou mil vezes menos que você, mas que ganha mil vezes mais, fala, mas infelizmente isso não é privilégio político. Lá tudo agora acaba em sorvete de tapioca (me disseram que pizza é over) e eu paro por aqui enquanto o sangue ainda está distribuído.
É, perdi o rumo, onde estávamos?
Ah sim, o grande problema da dengue.
Não consigo deixar de imaginar quando vejo tantos hospitais em estado caótico que metade daquelas pessoas comeu alguma coisa que não cai bem, pegou sol demais, tomou banho quente e saiu na garoa ou qualquer coisa assim, corriqueira, mas cisma que está com dengue e corre pro hospital.
Não pense você agora que eu estou sendo elitista, pois não estou. Eu sei que a situação nos prontos-socorros é péssima o ano inteiro, as condições são precárias, o atendimento é deficiente, sei tudo isso.
Mas também sei que a pessoa que fez um escândalo hoje na porta de um deles e na frente das câmeras falando que o governo tem dinheiro pro Pan e não tem dinheiro pra educação é a mesma que quando abriu a votação para escolher o nome do solzinho foi correndo procurar um lugar pra votar.
Eu sempre sou a primeira a reclamar sobre verba mal distribuída, sobre o dinheiro das escolas, hospitais, saneamento, segurança, transporte público, etc ir parar nos bolsos já bem avantajados ou em "circo". Não entendeu? O Brasil é o país do plágio romano, "Pão e circo para o povo". A diferença essencial entre Roma e Brasil (aposto que você pode apontar váárias diferenças gritantes, mas o meu foco é nessa em especial) é a falta do pão e o excesso de circo. Temos o famoso carnaval, temos o futebol que distrai massas durante todo o ano, temos os bolsa-embromations e temos o maior dos palhaços usando um boné, cheirando a cachaça e falando que é "gente como a gente". E eu te pergunto: cadê o pão, meu amigo? Não tem pão, não tem educação, não tem saúde, não tem moradia, não tem nada.
O que César diria disso? "Dê a César o que é de César." Como esperar de Lula uma criação romana?
Fugi de novo.
Voltando.
A gente pode reclamar das condições de atendimento dos hospitais sim. A gente aliás, deve fazer isso. Mas deve fazer o no inteiro, deve fazer durante as eleições e não depois que trinta crianças morreram em dois meses.
Eu não queria falar sobre política, e graças a Deus não estou discutindo com ninguém, mas não tem como fugir. Tudo é política, mesmo a gente gostando mais de circo.