terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Perdoe seus inimigos....

...mas não esqueça seus nomes!
Poderia fazer parte da lista de realizações do novo ano. Lista com obs's.
Perdoe, mas não esqueça o nome.
Corra na praia, mas na volta traga pão.
Coisas assim. Promessas que vem e vão. Como as sete ondinhas que pulamos com fé. Não acho que o número sete seja um número mágico, o meu sempre foi o seis. Talvez pule apenas seis ondinhas esse ano. Mas o contato com o mar sempre me fez bem. Acho que é meio universal essa ligação com o mar. Os mineiros que me perdoem -e ainda mais os moradores do Acre. Seriam os acrianos? Acrinianos? Me lembrou marciano e acho que a coisa é por aí-, até porque eu junto o povo mineiro na mesma categoria que os cariocas e os bahianos. É uma puta sacanagem eles não terem praia. Talvez eu pule 10 ondinhas em homenagem aos mineiros e aos marcianos, mas acho que vou me cansar.
Se a cada pulo pedirmos alguma coisa para o próximo ano pulariamos até dia 4. Então, vou ser breve em meus seis pedidos. Até porque... Pobre Iemanjá... É muito pedido e ela não é santa milagreira.... Ou é?
Hoje em dia qualquer um é santo e qualquer santo faz milagre. Logo, fazemos todos tantos milagres diariamente (como voltar pra casa), porém não somos santos. Não sei, nunca fui boa em lógica, o meu terreno é a emoção.
E fim de ano eu vivo num oceano de emoções tão conturbado que Iemanjá se afogaria. E eu me afogo nele, acordando dia primeiro meio estranha. Uma dor na cabeça, um enjoo...
Voltando ao espírito até então natalino....
Desejo.... Amor, felicidades, paaaz, vergonha na cara, sorte e muuuita luxúria!! Pra mim e pra você! E que venha 2010.......

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Como viver....?

Como viver de literatura em um país sem leitores é a minha maior dúvida, mas outra tem me incomodado.
Como viver de jornalismo em um país sem diploma?
Quando o curso técnico paga melhor do que a universidade, quando não se precisa estudar para trabalhar em uma das profissões de maior impacto na sociedade. Quando para se GOVERNAR UM PAÍS você não precisa ter o Ensino Médio completo, ou ter lido Machado de Assis.
Como viver assim? Com que estímulo você vai a aula todos os dias?
Se antes pintaram os rostos nós agora deveríamos pintar o corpo todo! Se sofremos apagão, devemos responder com apagões de audiência, desligando nossas televisões e computadores.
Talevz esse seja o estímulo. Vamos estudar e fazer comédia de cinema com a realidade que vivemos. Vamos estudar e mostrar que faremos diferente. Vamos mudar.
Vamos ler. Vamos escrever. Vamos protestar. Vamos defender nossos direitos. Vamos viver com dignidade.
Vamos fazer um jornalismo sem censura, uma literatura respeitada internacionalmente que honre Machados, Jorges e Ericos.
Vamos aumentar o nível de ensino, cultura e qualidade de vida de todos.
Vamos ser voluntários de uma mudança.
Posso ser uma sonhadora, mas não sou a única. Espero que um dia você se junte a nós.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Hoje pode ser um dia excelente e maravilhoso - só depende de você

Sempre defendo que se leve em conta o que der na telha, que se chute o balde quantas vezes quiser.
Sempre, menos hoje.
Hoje fico com as coisas mais que belas.
As experiências que ficam gravadas em nós.
As pequenas coisas da vida.
A música preferida, ou várias delas.
O leite derramado.
A incrível leveza do ser.

Conversar com pessoas diferentes ainda é a melhor coisa que você pode fazer. Ouvir como elas vivem e o que as deixam feliz. E tentar entender como elas fazem o que fazem. Ninguém é totalmente louco nem totalmente são. Não espere que sejam iguais a você, nem você é hoje igual ao que era ontem. E agradeça por isso.
Deixe de lado os preconceitos e aprender um pouco. Todos tem toda a vida pra te mostrar e te ensinar isso ou aquilo.
Deixe de lado a melancolia burguesa e vá andar na praia. Sorria ao ver, não só a criança, um adulto passar saltitando.
Não fique emburrado. A longo prazo isso só significa mais rugas. E o gostinho amargo fica sempre na sua boca.
Não se chateie tanto com a sua vida. Sempre vão achar a sua grama mais verde e com razão. Ali do outro lado da rua tem gente com problemas gigantes que não estão reclamando.
Não feche os olhos e não abaixe a cabeça. Há muito pra ver.
Não chore pelo leite derramado. Aprenda com ele. Aprenda com todos os livros que você ler, filmes que você vir, histórias que você ouvir. São visões diferentes da mesma realidades, do mesmo mundo, da mesma vida. e aí mude a sua. Aos poucos, um dia de cada vez. Exatamente como quem se livra de um vício, sim, porque todos são cheios de vícios. E de uma forma ou outra todos são nocivos.
Hoje o dia pode ser maravilhoso. Amanhã também. Não espere o ano novo pra fazer a sua listinha de promessas que não serão realizadas. Se começar agora as chances de deixar de fazer são menores. Não espere o Natal para presentear alguém. Não espere o Carnaval para ser feliz. Não espere um extremo para dizer 'eu te amo'. Nem 'eu te disse'. Todos os dias da sua vida podem ser maravilhosos e vários deles podem ser memoráveis. Só depende de você
Me contrariando mais ainda, largando um vício, eu digo pra não deixar pra amanhã nem pro ano que vem pra fazer coisas que podem ser feitas hoje.
Como já dizia a chata da Xuxa, se você ficar de preguiça a vida toda vai enguiçar. E engarrafar. Não existe nada pior, certo? Então se movimente. Movimeto atrai movimento. Gera energia e coisas boas acontecem.
Estou indo fazer meu dia ser maravilhoso, até mais.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um ósculo pra você... Aproveite-o!

As relações estão ficando mais complicadas em contraste com a facilidade da vida moderna?
Enquanto podemos falar com alguém na Ucrânia atraves de microcâmeras acopladas no computador, não podemos comentar sobre a bolsa da namorada de um amigo sem que isso se torne caso de polícia... Ou debate grupal... Ou intrigas que duram a vida...
De novo tenho que defender a simplicidade das relações no colégio, quando tudo que se falava ficava embaixo dos panos, ou seja, mesmo quem sabia fingia que não. E tudo fluía bem assim. Sim, sou defensora da falsidade em prol da boa convivência. E só assim. Não gosto de você? Então estará desenhado no meu sorriso. Ou subentendido na falta dele... Mas se tenho que conviver com você e te chamar de 'amor', pode apostar que eu farei.
Sou contra grupinhos e sempre fui. O meu time é sempre eu e mais dois. Um trio de amigos é o que basta, o número mágico. Mas esses três variam de acordo com o humor ou a situação, claro. (Com raras exceções de influência divina)
Manter a paz entre mais de três pessoas é uma tarefa complexa e, também por isso, o trio tem rotatividade. Aquele dia tô pra esse amigo, no outro ele me dá dor de cabeça. A vida é assim, Valdemar...
E por falar em vida... Sem querer parecer piegas... Cada um já tem a sua própria pra levar, né? Então deixa que o coleguinha cuida da dele...! Afinal, ele precisar evoluir espiritualmente pra não reencarnar como uma lesma ou, pior, de novo perto de você...
Na era do bj, o que eu gostaria de ver são ósculos. Em quem você gosta ou não.

Ósculo, me manda uma carta! *

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nada é claro como vodka!

Se não atravessamos o mesmo rio duas vezes, tudo é fim. Não é claramente um fim porque depois podem acontecer zilhões de situações, mas foi fim um dia. Para alguém, sob algum ângulo. De algum jeito. Precisamos de fins. Fins de todos os tipos, todos os dias. Senão tudo seria ao caos tendencioso.
E se vovó já dizia que tudo tem dois lados e o professor na faculdade que tudo tem infinitos lados, não pode ser claramente ruim. Foi bom mês passado, mas agora é motivo de careta de arrependimento. É bom agora ou foi ruim naquela época. Para e pensa, as vezes você pode rir disso as três da manhã. Com ou sem um copo de vodka na mão.... Já que nada pode ser mais claro. Se é que você me entende...

"Nada é claramente fim e nem todo fim é claramente ruim"...!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E na era touch....

A tela do banco reagir ao seu toque e gritar caso você seja desatualizado o bastante (quase uma aberração) para digitar a sua senha no teclado comum enquanto o teclado laranja brilha na própria tela já não deixa mais ninguém fascinado. Talvez com exceção a mim mesma, passando vergonha no caixa eletrônico, olhando vermelhadoramente por trás dos óculos para o banco cheio atrás de mim que parou para observar ao reclame da doce máquina assustada. Coitada, ela não esperava por isso.
Não que eu tenha algo contra "as modernidades", claro que não, eu as adoro. Só sou contra exageros (Ok, exageros tecnológicos.... Porque de exageros dramáticos eu sou adepta). Camera digital, ok. Celular, super-ok. Computador, ok gigantesco. Palms e mp4, pra que exatamente? A minha barreira de tecnologia se rompe bem no início.
Em um mundo que você atende o seu celular escorregando o dedo pela tela quase macia (parece magicamente macia pra mim) ou mexe no computador ou pausa a música no seu iPod touch, as pessoas se esqueceram que encostar em outra pessoa pode ser mais interessante.
Eu não posso me divertir com mais coisas tocáveis do que a tela do banco e talvez seja por isso que mesmo o telefone parecendo macio, a pele ainda me parece mais atraente. Pelo menos é quente e isso faz uma diferença tremenda para alguém que sempre está com ao menos um pouquinho de frio.
Eu posso ser estranhamente velhota, as vezes até me surpreendo comigo, mas nesse mundo touch e moderninho eu quero poder abrir e fechar o meu celular para atender ou desligar (sempre achei o máximo) e quero relacionamentos touch! Passar por um amigo querido e encontar nele só pra dizer que está ali. Deixar um beijo ao passar pela minha avó. Receber um beijo quando alguém passar por mim também. Ou um sorriso. Porque sorrisos tocam tanto quanto palavras -quando são verdadeiros.
Mais que isso, o meu espírito ultrapassado e romântico quer um amor touch.... Aquele tipo de amor repleto de sorrisos e beijinhos e mais um oceano de pequenos afagos. Tenho um amor touch, é verdade, e talvez eu seja mesmo bem moderninha, mas quero o amor touch quando os iPods forem artigo de brechó.
Quero que esse amor touch me faça carinho quando acordar de manhã, quero que a ainda achemos graça, quero que ainda faça todo o sentido do mundo dar as mãos quando as mãos não forem assim tão ageis e lisas, mas ainda mais carinhosas.
Quero a alegria triste de assistir Faustão e rir das videocacetadas mais do que qualquer criatura digna riria. E que o touch esteja lá enquanto colocamos um neto pra dormir ou jogamos buraco em alguma tarde cinza.
E também quero que ainda existam brechós, claro. Assim posso comprar um iPod touch pra minha netinha e falar do quanto as pessoas eram moderninhas demais na minha época de brotinho.

Ainda bem que pra cada metade de uma laranja existe a outra metade que encaixa, senão eu estaria perdida no meu mar de lamentações mofadas do baú da vovó....

Ou talvez eu já esteja perdida em tantos clichês e breguices. Ainda bem que eu já fui achada.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

'¿Quién llenará de primaveras este enero, y bajará la luna para que juguemos?'

Achei quem me trouxesse primaveras. Em janeiro, março, abril, maio... Começando por agosto.
Em agosto eu já estava preparada para o desgosto (ahá), pois um mês não poderia superar os últimos dezenove ou vinte. Estava acostumada com o desgosto e com o frio do inverno em que vivia já um tempo. Sendo justa, o inverno tinha sido substituído por um outono as avessas, aonde as folhas cinzas e quebradas do chão começaram a reassumir a cor laranja e eu percebia aqui e ali já alguma verdinha em uma ou outra árvore. Mas o clima continuava frio então o alaranjado no chão ainda não surtia grande efeito.
A primavera veio de repente, em uma noite despreocupada e despretensiosa em Botafogo. Podia ter sido no Flamengo e aí eu acrescentaria um parágrafo ou dois de besteiras relacionadas ao bom gosto, mas, enfim, foi em Botafogo.
Eu não percebi a primavera chegando, nem mesmo pela mudança brusca de temperatura que bem podia ser tomada como verão, já que antes ela teve que derreter todo o gelo acumulado do inverno longo. Mas assim que a primeira lufada de calor me alcançou, quase como quem diz adeus -e quase na hora em que eu prematuramente dizia adeus enquanto arrancava as folhas verdes do galho não sem alguma violência e algumas lágrimas presas-, eu despertei. Aquele calor que tinha cheiro e gosto e forma estava indo embora bem quando eu percebia no chão grama, flores, cocô de cachorro e outras coisas que estavam apenas esperando para serem notadas. As crianças agora riam e eu ria com elas. Os passarinhos cantavam e isso me deixava animada. E corri. Corri atrás daonde vinha o ventinho quente e convidativo.
Achei.
Me achei.
Achei o vento quente que soprava em direção a um caminho mais feliz.
Achei o caminho.
Achei o pote de ouro sem seguir o arco-íris.
Achei quem me trouxesse primaveras. Em janeiro, março, abril, maio...
Achei quem pode não baixar a lua, mas faz melhor, me leva até lá constantemente. Afinal, ela é logo ali.
Achei, quem sabe, a fórmula do amor (e se não achei é porque ela não existe mesmo).

P.S.:A gente pode procurar a nossa sorte, a gente pode arquitetar toda uma sorte de vida, mas a gente também pode esbarrar com ela.

Arquitetos da própria sorte....

O primeiro semestre veio como o futebol... Uma caixinha de surpresas!
Ok, péssimo, detestável, mas sem preconceito linguístico!!
Uma caixinha de surpresas agradáveis, um mundo de descobertas... Experiências novas de todos os tipos, experiências pessoais que eu não imaginava no ano anterior.
Emma Bovary me trouxe sorte com todo o seu azar, felicidade com todo o seu sofrimento e não parece que já se passaram mais de doze meses desde meu primeiro dia de aula, desde meu primeiro almoço no bandejão, desde a primeira vez que o LF me inspirou, desde a primeira aula de literatura que eu cochilei, desde a primeira mensagem linda de madrugada.
Experiências novas fora e dentro do adorável campus do Gragoatá e o mundo parecia caber na minha mão.
Um milhão de planos, um milhão de ideias (ainda com acento), um milhão de textos.
O segundo semestre veio como um banho de água fria no calor do verão (nota: é uma delícia no momento, mas depois bate aquele friozinho e uma vontade de deitar e dormir). Já não achava tudo tão genial, já não corria pra pegar o ônibus. Digamos que passei mal algumas vezes a mais do que o normal, digamos que demorei mais tempo lanchando do que o necessário. Mas ainda assim havia uma centelha, um restinho da fogueira que o primeiro mês acendeu.
Ainda existiam discussões interessantes, ainda encontrava coisas a serem pensadas. Ainda havia alegria e elogios e sorrisos e gargalhadas.
A alegria hoje eu achei escondida atrás de comentários na aula de linguística. No terceiro semestre, que veio como uma gripe forte. A alegria que me sorriu hoje não é suficiente pra me fazer esquecer a gripe. É uma alegria que eu sei que está com a companhia e não com o lugar. A alegria encontrou a tristeza por estar numa aula que eu não queria estar, num curso que não me atrai mais em nada. E elas brigaram. A alegria tentou dizer que podia ser como antes, mas não pode responder a nenhum dos argumentos da tristeza e ficou triste também.
Não se pode ficar triste com a perda de uma coisa que não se vai perder, então não estou tão triste assim, porque os amigos serão amigos não importa em que campus eu esteja. Amigos antigos e amigos novos.
O que a tristeza grita, enlouquecida, é "Quaaal campuus??". E eu não posso responder, apenas passar a mão na sua cabeça e aconchegá-la no meu peito olhando para o meu 'projeto de sorte' esboçado na minha cabeça.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A dita dura...

Eu não vivi pra contar, mas tenho certeza que qualquer um que se entenda por gente deve procurar informações, fatos, fotos, reportagens, vídeo, documentários sobre aquela dita tão dura que foi a nossa ditadura.
Engraçado que vim pensando sobre o que achei do livro do Gabeira (e em coisas que ouvi sobre o autor, sobre a obra e sobre a minha vontade de ler; e em respostas que poderia dar aos autores desses comentários) e eis encontro a seguinte matéria estampada no meu 'MSN Hoje': "Temer recebe manifesto contra 'Lei da Mordaça'". O título não me deixou hesitar no clique. E o primeiro parágrafo da reportagem me deixou, no mínimo, chocada:
"Entidades de classe do Judiciário e do Ministério Público (MP) entregaram hoje ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), manifesto contra o projeto de lei nº 265/07, conhecido como "Lei da Mordaça". A proposta, de autoria do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), autoriza a condenação de autores de ações públicas e populares quando for reconhecida pela Justiça intenção de promoção pessoal, má-fé ou perseguição política. Ele também penaliza os responsáveis pela ação com multa equivalente a dez vezes o valor dos custos processuais gastos pelos acusados, além de prever condenação de até 10 meses de prisão aos autores.".
Completa!
Como "má-fé" e perseguição política???? E a li-ber-da-de de expressão??? E o direito de expôr sua opinião?? O próximo passo que o ilustríssimo sr. Maluf irá propôr será o que? "Prisão de qualquer um pego atrapalhando a ordem está liberada" ou "Qualquer mídia que fizer oposição maldosa ao Governo deverá ser multada e seus responsáveis presos" e aí a manchete da vez, enquanto restarem as mídias alternativas, será "Libertado recentemente de uma cadeia, Fulano conta que sofreu tortura"!
Aonde vamos parar? Agora vamos regredir todos os passos dados em direção a uma sociedade um pouquinho mais justa?? E toda a luta que aquela geração de jovens dos nossos pais e tios aguentaram contra o governo autoritário, contra a ditadura, a favor da preservação da liberdade de expressão e do respeito aos direitos humanos??
Por isso digo a você que prefere ler Gossip Girl ou algum livro sobre o Che ao invés de sentar e dar uma olhada no que o Gabeira tem a dizer...
Não importa de que lado ele lutava, a bandeira de qual partido ele levantava. Não importa se ele mudou por vezes de partido até hoje, não importa se ele se drogava ou se seus atos algumas vezes beiravam a rebeldia desnecessária. O que importa é que ele lutou. O que importa é que ele mostrou a sua insatisfação. O que importa é que ele sofreu nas prisões e quase morreu algumas vezes.
Se você acredita que Jesus morreu pra nós estarmos aqui, ele morreu também para que aqueles jovens pudessem lutar.
Então acredite também que toda a geração que foi presa, torturada, que levou pedrada, que viveu anos em exílio, acredite que por eles estamos aqui. Que por eles eu posso escrever tudo o que eu quiser e eu ou você podemos publicar nossa opinião!!! Mágico, né?
É História. História com letra maiúscula e com os meus agradecimentos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A melhor maneira de prever o futuro é inventar

Então eu quero inventar castelos, felicidade, amor e tranquilidade. Filhos inteligentes, carros importados e apartamentos duplex.

Invento tudo que eu quero com lápis de cor no papel reciclável, porque mesmo inventando a gente tem que levar em conta o presente que não podemos trocar na loja!

Cabelos de um preto inescrupoloso...

Acalme-se cartilha! Cabelos de cor preta, é disso que eu falo... Uma bela dupla interpretação, por sinal...
Talvez se eu encontrasse em alguma farmácia essa cor tão especial de tintura minha vida não estivesse assim tão sem literatura. Foi só pra rimar, na verdade...
Ninguém escreve sobre o que não conhece, mas nem todo texto precisa ser autobiográfico. É uma questão de equilíbrio.
Escrevo melhor sobre o que eu conheço mais, mas isso não me impede de escrever sobre qualquer coisa que eu queira. O que me impede é a cor do meu cabelo, de um marrom não mais natural, com um preto desbotado e nuances de um vermelho adolescente.
E embora centelhas apareçam constantemente, não dou continuidade. Não treino mais. Se eu fosse musicista estaria desafinada.
Por favor!!!! Me tragam um professor de criatividade, meus textos estão fora do tom!
E se você esbarrar com um Wellaton Preto Inescrupuloso, me mande uma mensagem.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ame como se nunca tivesse sido magoado...

Amar é.... Uma declaração...
É o que? Você já amou? Ham? Hein? Já disse "eu te amo" por falar? Hein? Ham?
Amar é como a literatura ou uma ideologia.
Isso mesmo, me isento, joga a bola pra frente.
Não posso definir amar, mas também não posso viver sem amar.
O que quer que seja que me faça esse bem, que me faça me importar tanto com uma pessoa, que me faça sorrir tantas vezes ao dia ao me lembrar de momentos.
Acho tudo lindo, não consigo desgrudar, espero o próximo fim de semana como criança em véspera de Natal. Ele é o meu presente.
O dia dos namorados não é só pra isso, não é pra dizer amanhã 'eu te amo' como quem diz 'Feliz Páscoa' com um ovo das Lojas Americanas na mão. Você tem que sentir o 'eu te amo', você tem que falar 'eu te amo' porque nada mais que você possa falar vai descrever tão bem o que você sente. É isso, você ama.
Eu amo mais do que o presente de amanhã. Amo mais do que escolher na loja, ir em outra porque está em falta, amo mais do que a carinha dele ao abrir.
Amo todos os dias antes de hoje, antes de amanhã e depois ainda mais.
Amo ver no msn, amo as mensagens bobas, amo as ligações inesperadas, amo o barulhinho do interfone.
Amo a cara de sono quando eu chego da faculdade, amo o abraço depois de tanto tempo e depois de dois segundos.
Amo quando não entende meus presentes, amo quando ama meus emails, amo quando gosta mais de outro tipo de presente, amo quando diz que me ama mais que tudo.
Amo quando me chama de sua, amo quando me coloca no colo, amo quando beija minha testa, amo como me apresenta aos amigos, amo quando me trata quando ninguém vê e como me trata quando estamos em grupo.
Amo quando ele fica me olhando a duas polegadas do meu nariz, amo ficar envergonhada por isso e amo o sorriso que ele me abre por isso. Amo as musiquinhas, amo os 'yeah', mesmo que pra implicar comigo. Amo a animação no telefone e amo jogar na cara o desânimo também.
Amo seus carinhos, amo seus mimos, amo seus estresses repentinos com algo supertrivial. Amo as desculpas logo depois das brigas, amo os beijinhos, amo o carinho com o pé.
Amo os planos, amo as discussões, amo as acusações, amo as risadas. Amo ovos mexidos, amo o franguinho com miojo, amo os doces, amo os corações de chocolates.
Amo tanto Vans quanto All Star. Amo também os Adidas.
Amo, amo, amo, amo.
Amo você, meu velhinho.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Revolucionemos o mundo com a literatura!

"O autor está vivo enquanto é lido".
Essa afirmação me causou uma crise existencial monstruosa. Eu, euzinha aqui, estou quase morta? Estou tendo uma sobrevida?? Eu estou como aquele décimo quinto copo de cerveja. Meio cheio ou meio vazio? Meio viva ou meio morta? Shakespeare está vivo! Quem sabe eu não chamo o nobre cavalheiro para tomar um milk-shake mais tarde? (pegaram?)
Quase desisti de escrever, quase deletei meu blog. Auto-suicídio, como dizem por aí. Virtual. Me rendeu 3 sessões de terapia.
Não larguei de mão porque não me sinto morta sendo lida ocasionalmente por amigos entre o trabalho de Literatura Brasileira 37 ou a prova de "higiene bucal". Me sinto viva porque gosto do que escrevo, porque mesmo que ninguém leia, eu leio. Eu leio, me critico, me corrijo, edito o post.
Me sinto viva porque escrever me faz um bem tremendo. Inclusive lançarei qualquer hora dessas o projeto "Troque as drogas por um blog"... O efeito é bem parecido... Uma certa dependência, uma autocrítica, uma alegria enorme correndo após o post enviado.
É. Eu posso não chamar o nada para tomar um choppinho, Paulie... Mas se você quiser ir comigo a gente debate sobre literatura e essas coisas da vida e da imaginação!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Prático, normal....

Aonde está escondida a genialiadade?
Reelaboro a minha pergunta. Existe a genialidade?
Aquela centelha na escuridão do cotidiano. Falas escritas e faladas, até cantadas, que nos arrancam um sorriso imediato. Aquela sensação de invejinha criativa "Por que não eu?".
Eu ouvi que não existe uma genialidade, ouvi que não existe um dom literário. Que Drummond e Machado eram pessoas como eu, você ou a moça da banca de jornal que fala 'Praza'.
Eu ouvi que a vida é assim, que as coisas são assim. Que a gente se enche do trabalho, mas trabalha; que a gente não gosta do que fazemos na faculdade, mas estudamos.
Ouvi dizer que é normal ser medíocre. Ouvi dizer que é prático deixar de se importar. Ouvi dizer que é prático e normal nos agarramos à carne do coelhinho, fugir das perigosas pontas de seus finos pêlos.
Mas também ouvi outras coisas. Ouvi que vale a pena, ouvi que ser normal está fora de moda.
Ouvi dizer que um gênio dizia por aí "tenho o maior medo dessa coisa de ser normal".
Ouvi dizer que Machado é um exemplo até hoje. Ouvi dizer que poesia não tem lógica, não é normal.
Ouvi dizer que a genialidade é aquela nata que bóia no medíocre leite.
Ouvi dizer que não se pode deixar que o medo nos tire tudo o que desejamos desejar. Tudo o que sabemos que podemos alcançar. Não podemos descer da ponta dos fios só porque lá venta muito e podemos cair. Temos medo de cair, temos medo de sermos chamados de malucos por quem já está lá confortável na ilusão quentinha do corpo do coelhinho.
Ouvi dizer que rirão de nós. Ouvi dizer que acharão tudo isso desnecessário.
Mas ainda concordo com quem me disse que ainda vale a pena lutar por essa maluquice. Lutar para fugir dessa normalidade comprada.
E você, se for normal, pode até me chamar de maluco ou sonhadora. Mas eu não sou a única.

terça-feira, 10 de março de 2009

time after time

Tantas músicas marcaram uma pessoa... Quantas músicas foram cantadas juntas em desafino quase ensaiado? Quantas vezes você sorriu ao ouvir essas músicas? Quantas pessoas perceberam que você sorri quando canta uma música que adora? Uma...
Essa pessoa deve então ter algo de especial.
O que mais ela repara? Que você está mentindo descaradamente, que você está mentindo disfarçadamente, que você está mentindo até pra você.
Essa pessoa deve então ter algo de especial. Mas ela não percebe a grande mentira da festa surpresa. Não percebe porque você se desdobrou em mentiras e desculpas esfarrapadas. Não percebe porque você mente por uma boa causa, ela merece. Ela, por ser assim, tão especial.
O que mais ela sabe? Que você gosta mais do biscoito de queijo do que o de presunto, que você prefere o refrigerante de laranja ao de uva, que você chorou em tais filmes, que você adora aqueles livros. Ela também sabe de todas as vezes que você chorou até dormir -você ligou pra ela em algumas dessas noites, ela também sabe de todas as vezes que você tomou um porre, sabe que você torce pra tal time, prefere tal esporte e detesta aquele, aquele que ela adora. E nem parecem ligar pra isso. Você também vai lá e torce por ela e fica feliz quando ela vence e fica feliz porque ela está feliz.
É, realmente ela deve ter algo de especial.
Não por saber de todas essas coisas, não por ter uma paciência infindável, não por isso nem por aquilo. Ela é especial porque ela repara e ela se importa. Sofre quando você sofre, fala uma besteria mesmo sabendo que não é um momento propício, fica do seu lado, ouve você chorar e faz de tudo pra que você sorria de novo. E ria muito. E ri com você. E depois ri de você.
E essa pessoa especial te ama. Mesmo com seus terríveis defeitos. E com suas crises existenciais quase semanais. E com suas manhãs rabugentas e seus foras seguidos de desculpas.
E você também a ama. E agradece a quem tiver que agradecer por ter a sorte de ter uma amiga assim.
Uma perninha, que te segura e equilibra. E não te deixa ser um saci! :)

Já passamos, em duas décadas, 15 anos de vai e vem. Agora que amadurecemos a relação, vamos ainda nos divertir em muitas décadas.

Feliz Aniversário, minha amiga. Feliz Aniversário, minha Fernanda.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

De outros carnavais

Sem fantasias reais, mas com muitas fantasias imaginárias, assim foram meus últimos carnavais.
O carnaval pra mim chega sem pressa desde que deixei de ser uma colegial. A emoção de um último gole de férias acabou. Só ficou a proximidade do começo de ano, começo de ciclo, promessa de vida nova, embalados ao som de sambas.
Essa falta de pressa e de emoção me fez no primeiro alugar alguma meia dúzia de filmes e me fechar em casa com a única companhia que me agradava. Planos diversos rodavam na minha cabeça e a faculdade nada mais era que meu último fracasso que ainda coçava.
No segundo ano, junto com a falta de pressa e de emoção veio uma viagem nada bem bolada e a faculdade era algo real, minha próxima realidade. Mais os planos eram outros, diversos dos do ano anterior. Sem mais a companhia e não querendo ver nenhum outro tipo do gênero, uma outra viagem era bolada. Com um casal de bons amigos o futuro era muito promissor no país hermano. Lá pareciam estar todas as respostas, sem pressão, nas estradas por aí. Uma mochila nas costas, bons amigos e amores novos com boas histórias. A promessa estava feita, minha vida ia mudar.
E mudou. Terceiro carnaval. Nem me lembro mais de como costumava pensar no colégio. Nem me lembro mais das gírias que costumava falar, nem dos filmes que aluguei. Não lembro também de quanto ia gastar com nossa aventura despreocupada.
Ainda não me agrada o auê dos blocos, ainda me cansam os desfiles na sapucaí, nada mudou. Mas alguma coisa aconteceu. A viagem correu entre os dedos, o amor dos meus amigos parece ter esfriado antes do clima, mas nada que me faça desacreditar, como faria antes. Os planos ainda estão aí. A mochila só não está no armário porque o amor está no ar. Não os meus vários amores de noites, mas o amor que ganhei de presente num aniversário que não era meu.
E assim mais um carnaval. Mais planos, mais faculdade, mais viagens, mais amor.
Me faça um favor quando sair para comprar camisinha? Abaixe o volume do trio elétrico.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Bonjour ma belle!

Querida, fiquei muito triste ao ler sua última carta.
Gostaria de ainda estar aí ao seu lado para poder te lembrar que o mundo está nas suas mãos e te mostrar que todos esses medos são tolos.
Quem já te parou na rua e criticou sua roupa ou seu cabelo despenteado de manhã? Quantas risadas de pessoas que apontavam pra você já contou? Querida, me dói dizer isso, mas as pessoas não estão preocupadas se a sua blusa não está passada ou se você não lava o cabelo desde terça. As pessoas estão preocupadas com seus problemas e, pra elas, você não é importante. Que ego esse seu, hein? Desde que você não saia pelada, incentivo que saia do jeito que quiser!
E quanto às decepções...
Querida, eu sempre te disse que a vida é feita de decepções, não? Decepções e conquistas! Queria saber quando você deixou de ser minha jovem Werther. Você, que costumava respirar amor, sorrir feito criança na frente da árvore repleta de presentes, acabou se percebendo alguém tão ressentida a ponto de não achar mais graça nos pequenos flertes, nas pequenas conquistas.
Me alegro em saber que você conseguiu aquela entrevista com a Martha! Minha rede de contatos ainda está de pé! Agora sabemos que é questão de tempo até que consiga um texto aqui, outro ali. Está no caminho certo, minha querida, como sempre esteve! (Consegui outra entrevista pra você aqui também, mas não fique ansiosa demais! E isso é assunto pra depois...)
Por falar em tempo, repare que tem outro envelope separado desta carta, das fotos, postais e suas "pequenas lembrancinhas". Vai lá, abra!
Sim, querida, chegou a hora de você vir me visitar! Terminei meus projetos maiores, encaminhei os outros. Você termina a faculdade e já é agora a pupila da Martha, além de minha. (Bom, isso era segredo, eu ia te contar enquanto tomássemos aquele belo café que você sempre ouviu tão bem e quer provar, mas não me contive! Babi me contou que a Martha adorou você, adorou os três textos que você mandou para o e-mail e achou a sua idéia para o livro uma das mais originais que ela já ouviu. Tenho mais algumas novidades, mas você saberá na hora certa!)
Então, continuando, agora que estamos organizados você já pode vir passar a sua temporada aqui comigo! Fique o tempo que quiser, vamos conhecer todo esse velho continente!
Estou morrendo de saudade, afinal parece que aperta quando se aproxima e se concretiza a sua vinda, assim como ficamos com mais vontade de fazer xixi assim que abrimos a porta de casa.
Pense bem sobre sua alma wertheriana! Se não conseguir mais encontrar aquela menina intensa, deixe que eu te conto como ela é!
Se cuida e termina esse semestre com o maior empenho, pois sabe que vale a pena cultivar boas relações com seus professores! Contatos, querida, contatos!
Te amo como sempre amei.
Au revoir ma chérie!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dos versos seus, tão meus...

É legal saber que quando não há nada a dizer é porque tudo que se precisa dizer já foi dito e ainda assim você ainda pode dizer um "eu te amo" e ligar as duas da manhã sem pensar duas vezes.
...E saber que cada defeito seu é perfeito a alguém...
Toda conexão nesse singelo panorama que é uma teia de relações humanas exige algo de você.... ainda assim alguns relacionamentos são mediocres, alguns um tanto inócuos, alguns são realmente irrelevantes e, claro, há aqueles que te fazem chorar quando você ouve tal música. Você não chora porquê vocês nunca mais se falaram, mesmo que vocês nunca mais tenham se falado, nem porque brigaram, nem por saudade... você simplesmente chora, porque, você olha e fala "caralho!", no meio de todas aqueles "bom dias" corriqueiros existe essa pessoa que realmente faz você se interessar pela area metafórica além da periferia do lugar psicológico "meu proprio umbigo".
Tem aquelas pessoas que marcam sua vida, marcam o seu corpo , marcam seus pensamentos e você cada vez implora para que lhe marquem mais!
Uma pessoa, e apenas uma, marca sua pele, seus lábios, sua alma numa graciosa dança da emoção humana e florescem rupturas em tudo oque você é, essa pessoa consegue, você percebe, te ver por inteiro, no mais profundo estremecer de suas entranhas...
Esse relacionamento te exige algo, sim!
Exige apenas que você o marque assim como te marca...
E isso, você vem a aprender, é um pouco do que se chama amor!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Hoje é feriado!

"O novo governo decretou que agora quando a meteorologia der a previsão de chuva forte é feriado no Rio de Janeiro."
Sim, já que é 'feriado' quando neva em outros lugares, aqui tem que ser quando chove. Quando esse calor infernal é substituído por uma chuva interminável que deixa o trânsito um caos e derruba contenções de túneis!
Tá bom, a notícia é totalmente devaneio, mas bem que podia pelo menos ser ponto facultativo, vai?
Não é justo crianças irem andando na chuva pro colégio (eu sei que o injusto mesmo são as que vão km a pé todos os dias em condições terríveis e sem ter o que comer, ou as que nem a escola vão). Cada pai tem uma regra, os legais relevam e os filhos ficam em casa enquanto os mais cri-cris fazem questão que os infelizes peguem chuva e não percam o valioso dia de aula!
O pior é quando tem prova marcada. Não adianta enrolação, churumelas nem dor de barriga, é chuva na certa e prova no mau humor. O passeio é cancelado, mesmo todo mundo preferindo ir na piscina com chuva e tudo, mas a prova nãão!! Por que isso?? Tem que haver justiça nesse mundo!
E trabalhar? Se você é professor (inspetor, cantineiro, diretor, faxineiro, pedagogo) lida com metade da turma, duplamente desinteressada. Se você é médico (secretária também) lida com a sala de espera vazia e espaços enormes entre pacientes mais desesperados que enfrentaram a chuva.
Além disso, ninguém sai com uma chuva horrorosa pra ir comprar besteiras no shopping ou comer em restaurantes. O comércio gasta com contas sem entrar lucro suficiente.
Ou seja, um dia nulo. Coisas como entega em casa e quaisquer serviços de conserto estariam proibidos, bem como serviços domésticos. Sim, se vire com alguns copos e uma panela de brigadeiro. Afinal, vai passar a tarde inteira lendo ou assistindo aqueles DVDs guardados...
Bem que podia ser feriado mesmo, né?
Bem que um candidato poderia ter prometido isso! Eu que prefiro feriado em dia de chuva do que maconha legalizada!, votaria nele.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Torna-te quem tu és!

Tornar-se quem é não é só descobrir quem você é, nem aperfeiçoar quem é, é mais que isso.
Tornar-se quem você é é seguir os seus planos, a sua vontade, a sua liberdade. É não viver desejos de outros, expectativas de outros.
Tornar-se quem você é é um pouco de Clarice Lispector, é encher seu coração com "a pior vontade de viver". A pior vontade é a vontade de parar tudo, a vontade de começar de novo. A pior vontade é a vontade de estudar História da Arte quando seu pai quer que estude Direito.
A pior vontade bate, grita, esperneia. E nós só nos tornamos quem somos quando ouvimos. Quando vivemos o que queremos viver, vivemos com vontade. Quando preferimos pegar 3 ônibus e fazer algo que complete a andar 15 minutos para fazer algo que não acrescente nada, a não ser tédio e cansaço mental. Quando paramos de lamentar e agimos.
Se formar nisso não vai te fazer feliz? Tranca a faculdade e tenta de novo! Você prefere italiano a espanhol? Então muda de curso logo! Seu pai gosta de verde e você de lilás? Compra tudo lilás e dane-se ele. Dane-se quem seja, senão quem se dana é você.
Se você no final do dia parar pra pensar que detestou e faria tudo diferente, pode ter o dia seguinte. Se você com 87 anos perceber que não gostou nem um pouco da sua vida, que foi uma boa filha, uma boa esposa, uma boa mãe, uma boa avó, mas disso não tirou realização, você não pode fazer os 87 anos de novo. E quem nos garante que temos a vida que vem? E quais serão as condições dela? E se essa nossa vida se repetir infinitamente? Você gostaria de repetir essa vida eternamente? Ou vai ser um sofrimento sem fim? Se for um sofrimento, vambora, vamos mudar! Está tudo aqui na frente, ao alcance das mãos. A liberdade não é uma ilusão maior que a verdade, ambas estão a nosso serviço...
Pegue a sua pior vontade e transforme na sua melhor, na sua maior vontade!
Seja ela qual for, seja ela diferente da aceitação da família e da sociedade. Seja ela um 'quarto e sala' com realização pessoal ao invés de uma cobertura com realização profissional e suicídio induzido do eu.
Quebre regras, invente novas, se reinvente, se descubra, não diga 'eu nunca', se respeite, leia mais livros, assista mais peças e filmes, ouça mais músicas, conheça mais artistas, converse com mais crianças e velhinhos, aprenda com seus pais. Você é criança, vai ser pai e velhinho também.. E o que nunca enche é a cachola! Se realize, do jeito que for!
E, seguindo o clichê publicitário da moda, inove! Aproveite o novo ano, o novo mês, a nova semana, o novo dia, as próximas horas. Inove. Seja feliz.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O que é a felicidade?

Voltando do médico e ainda dormindo (ainda nem eram onze da manhã), fui assaltada por uma garota loira bem bonita que perguntava a todos que passavam, e prestavam atenção as pequenas coisas, "O que é felicidade?".
O que ela me roubou? A cara emburrada de sono e de sol. Mas me deu mais do que me roubou, eu admito!
Fiquei com muita vontade de tira-la daquela porta suja e traze-la para minha porta vermelha, mas tal coisa seria de um egoísmo que não me cabe antes das duas da tarde.
Os segundos que gastei parando e pensando em leva-la comigo foram substituídos pelo sorriso e pelo pensamento de 'ok, vou deixa-la aí porque isso também é felicidade'.
Tá, o que? O que é essa meta quase inalcançável para muitos?
Pra mim felicidade é uma coisa do cotidiano, assim como e muito melhor do que escovar os dentes. Tudo que te arranque aquele sorriso despreocupado, tudo que te faça pensar que ainda temos chance nesse mundo, tudo que te lembre que nada está perdido. Isso é felicidade.
E um abraço é felicidade.
E um 'oi' é felicidade.
E um 'estive no Acre e lembrei de você' é felicidade.
E uma ligação inesperada é felicidade.
E uma panela de brigadeiro é felicidade.
E um filme bonito é felicidade.
E rir com os amigos é felicidade.
E rir sozinho é felicidade.
E uma música que se canta junto é felicidade.
E atingir um objetivo é felicidade.
E um irmão pulando em cima de você quando chega de viagem é felicidade.
E uma criança dizer que te ama é felicidade.
E um 'eu te amo' verdadeiro sempre é felicidade.
E um beijo é felicidade.
E conseguir instalar o msn depois de um mês é felicidade!

O que você quiser que seja felicidade se torna a sua felicidade. não existe uma fórmula, não existe um mantra, não existe uma verdade. A maior felicidade que você vai encontrar é a que você quiser encontrar...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Te amo porque te amo.


Capítulo 1 – O começo dos começos

Foi numa segunda de verão que a vi pela primeira vez...” em 1994. Fevereiro, jardim III, 4 aninhos de idade pra cada uma. Fernanda (até então só Fernanda, sem nenhum carinho especial nem inespecial) era só mais uma criança estranha e cabeçuda da adorável turminha da tia Mônica.

O nosso primeiro diálogo foi mais ou menos assim:
F – Oi.
B – Oi?
F – Qual é o seu nome?
B – Ana Beatriz, por que?
F - Nada ué, o meu é Fernanda.

B – Ah.

F – Você quer ser minha amiga?

B – Sei lá. (olhei bem a figura) Tá, pode ser.

F – Legal, somos amigas então.
B – Uhum.
F – Passa o recreio comigo?

B – É, né mula. Nós não somos amigas?
F – Uhul.

E fomos fazer nossa pintura a dedo.


O nosso segundo diálogo, que eu me lembre, foi mais ou menos assim:

F – Oi amiga.
B – Oi.

F – Você viu o jogo de volei ontem de noite?

B - ?! Não... Tava brincando de Barbie.

F – Barbie? Eca, você gosta disso?
B – Claro! Adoro! Mas você brinca de que?
F – De jogar volei.
B – Uhm.

F – Joga volei hoje comigo no recreio?

B – Pode ser. Se você não jogar a bola em mim.

F – Uhul.


E fomos fazer nosso recorte e colagem.

N.A.: O amor nasce inesperadamente.