segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dindinda

Por que aquela velhinha gorducha e muito boa é chamada de fada-madrinha? Ela é uma fada, certo. E é chamada de madrinha porque reúne todas as qualidades de uma madrinha em suas ações e personalidade.
Ok, estou me achando. Mas a coisa mais linda da vida é aquela coisinha piquirrucha te chamar de Dindinda. Por favor, não quero ser grisalha e boboca como a fada da Cinderela, mas se colocarem uma varinha com uma estrela brilhante na ponta na minha mão e me derem um vestido fofo e azul-arroxeado eu vou parecer bastante com ela haha. Ta aí, bela fantasia para o Dia das Bruxas.
Enfim, uma madrinha é um ser que tem que unir características de avó, tia, irmã, amiga, cúmplice, psicóloga, advogada, motorista, babá, médica, cozinheira, MÃE.
Ser madrinha é isso. É ser mãe com benefícios de avó.
É comprar um milhão de mimos. É querer estar junto o tempo todo e amar loucamente um serzinho que te retribui o amor em cada pequeno gesto ou manha.
Sem saber, me deram o melhor presente que eu poderia ganhar.
Estou sendo mãe por tabela. Estou tendo o gostinho de amar alguém incondicionamente e não ter que acordar de madrugada.
Espero me sair bem no final das contas.
Um beijo da dindinda.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelaaadaaa!!

Nunca liguei para cabelo. Se ligasse já tinha dado um jeito nele. Mas tudo bem, ele revoltado aqui em cima, eu estressada aqui embaixo.
O que me espanta, porém não me deixa de cabelos em pé, haha, é que já não se pode difereciar meninos e meninas pelo tamanho do cabelo ou penteado ostentado.
No meeeeu tempo, as meninas ficavam horas no espelho. Penteavam pra cá, penteavam pra lá. Ajeitavam as franjas. Passavam gel.
Os meninos cortavam curtinho e do jeito que acordasse, ou saísse do banho, ficava. Se o cabelo fosse lisiiinho era aquele corte de asa-delta que vivia cheio de nós por falta de pente.
Beleza, todos viviam muito bem assim. Perfeita harmonia.
Hoje, meninos se preocupam com as franjas. Usam pasta leave in e fazem chapinha. As meninas picotam os cabelos em todos os sentidos e penteiam as madeixas curtinhas com os dedos.
Ok, exceções a parte. Graças aos deuses meu namorado tem cabelo curto e não faz chapinha!! E eu penteio com as mãos meus cabelos compridos, numa trança bagunçada.
MAS AONDE ESSE MUNDO VAI PARAR???
Não se tem mais um critério básico de cabelos, nem de calças, nem de brincos.

Estamos caminhando para o fim dos tempos; quando nem o que temos dentro das calcinhas grandes e das cuecas pequeninas diz muita coisa sobre o dono. Oi? Por favor, quero de volta o tempo de: "Meninas? Blééé".
Me traga um copo com mais gelo e deixe esse whisky aqui. Estou com estresse acumulado.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Experimenta! Experimenta!

Melhor que Coca-Cola, melhor que Guaraná, Jesus é um sabor que você tem que experimentar! É, eu nunca experimentei... É caro!! E só vi vendendo na feira dos paraíbas. Enfim.
Em contrapartida, fui ao meu primeiro (e, quem sabe, assim, talvez, último) show de MEEEEEEEETAAAAAAAAAL!!! |..|
É, foi difícil. As meninas (oi?) me olhavam de cara-feia. Mesmo não podendo me olhar diferente, né? Ha-ha. Ok, me olhavam meio de lado, com um nojinho (oi?)...
Mas tudo bem, eu dancei Beatles -cantando, por sinal- enquanto pessoas gritavam junto com a ruiva gata do palco e todos sacudiam os cabelões.
Algo que se leva para a vida toda. Assim como andar de montanha-russa na Disney e cair no laguinho nojento do parque.
Outra coisa que se leva para a vida é comer de graça. SIM! Conseguir ganhar a promoção de tempo de entrega e não pagar nada pelo seu pedido. Infelizmente nunca tive tal deleite. O entregador malandro sempre chega dois minutos antes. Droga! Vou armar uma armadilha para ele. Uhm, um plano infalíiivel!
Viver e experimentar. Isso que temos que fazer sempre. Como na propaganda, como se não pudéssemos experimentar depois, como se hoje fosse o último dia.
Tomorrow can wait.

Que amava, que amava, que amava. Não pode não amar ninguém!

Marina se reconstruiu dentro do molde que achava ser compatível com o gosto do Francisco.
Como todo molde forçado: machucou, arranhou, amassou algumas partes e perdeu outras. Mas Marina estava orgulhosa de si mesma e sorria de canto a canto para Francisco e quem mais estivesse ali para ver.
E Francisco continuava preferindo Débora que só se moldou a ela mesma. Algo muito longe da imagem de Francisco e do que Marina pensava ser o gosto de Francisco.
No meio de tudo isso está Glória que gosta da Marina com ou sem molde. Só Marina.
Ok, ali ao lado está Paulo que não ama ninguém.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sobre corujas e montanhas

Ecobag. A última moda. Um jeito bacana de limpar a consciência.
Mas e as montanhas? Os vales verdejantes, as planícies de relva, como ficam?
As de cá já destruímos. As de cá ocupamos sem dó e com pressa. As montanhas de cá viraram morros. Viraram favelas. Viraram agora comunidades.
Ô, beleza, eu moro na Zona Sul. Mas eu olho pela janela e não me delicio. Olho pela janela e não sinto vontade de respirar bem fundo e guardar a imagem, mais do que na mente, no coração. Olho pela janela e posso, sem querer, encontrar uma bala perdida.
Deito na minha cama e invejo quem tem janelas que mostram coisas verdes até a vista não poder mais....
Aah, as montanhas de lá. As montanhas de lá abrem meus sorrisos. Vários deles. As montanhas de lá me fazem ter vontade de não ir embora, de estar de férias, de não ter que trabalhar na segunda. As montanhas de lá me fazem sonhar com a aposentadoria e uma xícara de chocolate quente.
Que coisa linda é você viajar olhando montanhas verdiiinhas. Umas vacas pastando aqui, umas árvores tortinhas ali.
É emocionante. Belo e triste.
Aonde essas montanhas vão parar?
Nós temos que viver, sim. Temos que construir casas, sim. Mas sem que a natura perceba. Nós nos adaptamos, não ela. Ela é bonita, não nós. Desculpem as feias, mas beleza é fundamental. Para montanhas, sim, Vinicius.
Eu amo montanhas. Ponto.
E, claro, corujas. Eu amava uma coruja. Ia visitá-la na beira da praia todas as noites, com meu avô. Eu simplesmente sentava lá e ficava observando ela ser coruja na sua arvorezinha. Morando na Barra sem pagar IPTU.
Adivinha o que aconteceu?! Uma noite ela simplesmente não estava lá. Eu e meu avô procuramos e esperamos e nada dela. O moço do quiosque contou, assim como quem conta o resultado do jogo de quarta (ou talvez com menos intensidade), que alguns garotos passaram por lá, viram a coruja e a mataram. Um pobre bichinho que nunca fez mal a ninguem. Pelo conrário, me fazia um bem danado!! E podia fazê-lo também por quem mais quisesse.
Voltei pra casa chorando nesse dia. Pela minha coruja linda, por mim e pelo fim da humanidade e das montanhas.