segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sapatilha na janela do quintal

Botei minha sapatilha velhinha na janela do quintal!
Pra que? Pra ver se Papai Noel se comove e me presenteia com a as doze sapatilhas da Alice Disse (www.alicedisse.com).
Como assim as doze sapatilhas da Alice Disse? Calma, Papai Noel não enlouqueceu! haha, A Mirna Ferraz (criadora da marca Alice Disse) que resolveu brindar as suas fãs com esta promoção: 365 de sapatilhas Alice Disse!!
Quer saber do que se trata e COMO participar dessa maravilha?

Você que ainda não viu as lindas sapatilhas e, mais ainda, você que não conhece essa lindeza de loja, confere no site ;)
E se Papai Noel não colaborar comigo (mesmo eu tendo sido uma ótima menina esse ano), você que ganhar pode bem me dar ao menos a sapatilha do mês de abril de presente de aniversário \o/
Beijos, boa sorte e feliz Natal!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Plagiar é viver

Plágio em clima de final de ano. Coisa linda, já é Natal na..., tudo enfeitado, presentes e promessas.
Li em alguma revista de mulherzinha uns textinhos sobre fim de ano.
O que você queria em dez minutos, dez meses e dez anos?
Bom, aí vou eu...

Em dez minutinhos eu queria me sentir completamente relaxada (e sem NENHUMA das minhas dores de estimação que não estimo em nada) e pronta para um soninho revitalizante até amanhã!
E gostaria que esse tipo de sono fosse maioria durante os dias da semana, para que daqui a dez meses eu pudesse estar vaaaaaaaaarios (abafa) quilos mais magra, com meu quarto decorado completamente a meu gosto e comemorando três anos de namoro, com vinhozinho, num barco (não vale a barca Rio-Niterói).
Esse sono revitalizante seria fundamental também para todos os meus próximos passos em direção ao meu futuro feliz. Daqui a dez anos eu quero estar na MINHA casa, com meu amorzinho e planejamento a produção de um baby.

Ok, agora saindo do egoísmo e seguindo as senhoras da revista. Em dez minutos, queria que nenhuma criança morresse por causas anaturais. Em dez meses, gostaria que o Rio de Janeiro estivesse realmente em paz e todas as crianças tivessem direito a colégio e a população a emprego com salário digno e saúde e transporte grátis de qualidade!
Logo, como uma coisa leva a outra, em dez anos essa onda já terá se espalhado e todo tipo de crise organizacional e administrativa estará controlada pelo governo responsável.

Bom dezembro! Aproveite cada minuto dessa época mágica em que luzinhas brilham pra você =)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O poeta está vivo

Enquanto bebia os dois dedos de água para engolir o remédio controlado, Ligia pensava naquela música do Cazuza que sempre achou se encaixar em seu amor.
Lembrou que não lembrava de jamais ter sentido sabor de fruta mordida enquanto esteve com ele, mas algumas vezes já ficaram na rede sobrevivendo de beijos.
Pensou nas sessões de terapia e conseguiu ver que realmente eram o pão para o outro, tamanha a necessidade daquele relacionamento. Um pão estragado que deu dor de barriga, mas ainda um pão.
Ligia foi deitar novamente e colocou a tv no 'mudo'. Afinal, ouvir um sotaque italiano tragi-cômico não ia ajudá-la a analisar sua música-relacionamento.
Resolveu então cantarolar a música para não perder nenhum tópico de comparação.
"Pelo inferno e céu de todo dia... praaa poesia que a gente não vive...." (!) Inferno e céu, céu, inferno, inferno, inferno, céu. Era realmente um relacionamento de montanha-russa... Bipolar! Não era ela então, a bipolar! Era o amor!!
E a poesia... Putz, o Cazuza era foda! Era tanta poesia falsa naquele amor que o que eles viviam não estava nem perto de ser uma poesia ou mesmo qualquer coisa bonita ou qualquer coisa que o valha!
Caramba, saquei...!
Parou para ver a propaganda que tanto gostava e se pegou cantarolando de novo....
"E o corpo inteiro como um furacão.... boca, nuca, mão e a sua mente nãããão...." Céus! Ela teve um estalo tão alto que talvez o vizinho tenha ouvido... Se não achasse muito abuso teria ligado para a psicóloga e contado que era exatamente aquilo: eles tinham todo o amor que havia, com muita boca, nuca e mão, mas sem nenhuma mente envolvida! Nada de profundidade ou sobriedade.
Bom, de qualquer jeito sorriu. A próxima sessão ia render dentro daquela horinha.
E gargalhou. O remédio da alegria tinha acabado de fazer efeito.

O amor em tempos de cólera

Depois que inventaram a desculpa ninguém mais morreu!?
Morreu sim, vó! E agora morrem mais e mais pessoas. Mesmo que seja apenas por dentro ou para alguem.
O que está acontecendo? Ninguém reparou que o mundo está ao contrário? (E a frase da Cássia também).
Hoje em dia uma janela aberta no ônibus em dia de frio é motivo para tiro. Você também acha pouco? Pois tem coisa maior até por motivo menor.
Não sei o que acontece, está todo mundo muito de orelha em pé, muito na última gota. As pessoas ofendem por qualquer coisa e se ofendem por pouca coisa.
Aonde foi parar a máxima "falem o que quiserem, eu não ligo"? Por favooor, a adotem!
A única pessoa que pode te julgar, e isso importar, é você mesmo!
Pai, mãe, vó, tio, importam sim! Mas se, no final, eles ainda continuarem julgando alguma coisa em você, tá na hora de mandar o "aham, Claudia!".
Ninguém pode se meter, pode te dizer o que fazer ou não, com quem andar, que música ouvir. Ainda mais se você já paga suas contas e usa camisinha.
Ponto.
Pessoas, amem a si mesmas! Se valorizem e corram atrás do que achem certo! O que o resto do mundo vai achar disso não é problema seu!
Ame, mas SE ame! E aí, as outras pessoas só terão mais um trabalho depois de julgar... O de engolir!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Universo

Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2010

Veja bem meu bem,
Não quero parecer egoísta ou egocêntrica (demais), mas, querida, não deixe de ir por falta de adeus. Já sofri perdas mais dolorosas, você sabe disso. E estou aqui, ainda, pimpona.
Já doeu antes, quando você caiu fora a primeira vez. Agora não existem mais laços, pode ir. Sem se preocupar, sério. Leve com você minhas inseguranças adolescentes e um pouco da minha fé nas pessoas também.
Preciso que você vá, pois com você aqui o caminho é mais difícil. Agora quem diz tchau sou eu.
Choro pelo tempo e o sentimento jogados fora ao tentar novamente, mas assim ninguém pode dizer que não tive paciência ou não lutei por nós.
Acreditei em você, te dei mais chances, relevei ataques de perereca louca. Cansei.
Pode ir, vá. Siga seu caminho, aprenda a andar sozinha. Ame, caia, chore, ria, seja feliz, ou não, mas não grite em socorro. Algo me diz que estarei dançando Strokes nessa hora e não ouvirei.
Cansei do melodrama, cansei da necessidade estranha.
Leve com você as memórias boas e tudo que aprendemos.
Deixe por aqui apenas o amor no ar e minha felicidade estampada em sorriso.
Foi bom enquanto durou.
Até um esbarrão casual na rua,
da, antigamente, sua
.......

domingo, 17 de outubro de 2010

Curly

Eu passei meus últimos sete ou oito anos tentando me definir. No caminho houveram enormes mudanças e mudanças só perceptíveis a quem tem acesso irrestrito a toda essa maravilha e loucura. Grande karma de alguns sortudos.
Cansei de tentar me definir. Doida sempre foi um clichê feio (e, não se enganem, só curto os clichês bacanas) e roubar de uma música é jogo sujo!
Mas será que roubar de uma fala de seriado vale? Bom, uma vez que o autor roubou de um filme, não vejo problema. Afinal, ladrão que rouba ladrão.... =)
Eu sou curly e acabei de descobrir isso com a Carrie. Em meio a lágrimas, mas com satisfação.
Estou tendo um dia completamente tpm, de cabo a rabo. Exceto pelo fato de que ainda faltam uns cinco comprimidos na cartela...
Então, entre risos e princípios de choro, a vejo levar o maior soco na boca do estômago que poderia haver... O maldito Big é um grande babaca de novo!
Mas o que acontece? Ela sai pra beber com as melhores amigas e acaba se vendo como a personagem de um filme. E como a personagem, vai até a porta do casamento do desgraçado.
Mas nãão, quem paga de trouxa é a nova esposa e o cara fica com cara de besta olhando ela ir embora toda rebolativa com seus cabelos voando que nem comercial de shampoo.
Enfim, enfim, enfim, ao se comparar com a personagem do filme que está sendo descrita, ela segura o cabelo e grita "cuuurlyyy"...
O resto da definição? Alguem um pouco neurótico demais, um pouco complicado demais, um pouco instável demais, um pouco impresível demais. Alguém capaz de escrever um pouco e demais várias vezes na mesma frase.
E o que ela diz pro infeliz antes de virar e sair toda linda? "Você nunca entendeu..." com direito a tapinhas quase humilhantes no cantinho do rosto.
Ele nunca entendeu. E nunca vi ninguém entender também.
Mas aprecio muito todas as tentativas!
E quer saber?
Ninguém precisa entender e ninguém precisa ser entendido! Um gesto simples acaba com qualquer princípio de abismo e compreender é a palavra chave.
Um brinde aos namorados que sabem conjugar esse verbo e preparar um miojo delicioso! #tintin

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Videocassete

Não sinto falta do videocassete, embora sempre tenha adorado rebobinar. Adorava, sério. Era um passatempo infantil.
Adorei o lançamento do DVD quando cansei de rebobinar pra assistir de novo. A modernidade é um pouco difícil para alguém antigo como eu, mas depois que me apego é pra sempre.
O DVD foi um marco na minha vida pela forma como melhorou a quantidade de opções em videolocadoras - acho linda essa palavra: "videolocadora".
Sempre fui uma maníaca por locação de filmes. Passava horas e horas passeando pra lá e pra cá e odiava quando a ÚNICA fita cassete estava alugada. Por isso meu fascínio pelo fininho e barato DVD.
As opções sempre me deixam angustiada e feliz. Aquela felicidade sadomasoquista que aperta o intestino quando temos que escolher qual dos dois sapatos levar ou o corte de cabelo.
Quase não curto baixar filmes. A falta que andar pela videolocadora me faz é impagável. Sempre que vejo uma, sinto vontade de entrar. Não entro porque sei que vou levar mais de um filme e cada um é um verdadeiro roubo! Então baixo mesmo. Para ter grana pra gastar em sapatos e ainda por cima não precisar sair na chuva pra não pagar multa por atraso na devolução dos sete filmes que aluguei pro fim de semana e, claro, não vi nem três.
E sempre falo demais.
Ponto final.

manhã de carnaval

Hoje queria ouvir um sambinha. Meu espírito pedia isso.
E recebi Manhã de Carnaval.

Então.

Minha vida tá meio assim tipo uma manhã. Assim, confusa, como quem acabou de acordar. Mas com o frescor do ar geladinho de um novo dia. Com o sol nascendo e a disposição quentinha da cama se transformando em sorriso.
Estou feliz e estou transbordando isso fisicamente.
Me sinto bem e tranquila, mesmo quando a dor de estômago me lembra que o mundo adulto tá me sacudindo.

Reparo agora nas pequenas belezas. Em todas elas. E teimo em acreditar que estou me tornando uma pessoa melhor. Ou ao menos não-tão-ruim.

Meu verbo ainda continua sendo o querer, mas o crescer, o amar, o viver e o sorrir estão ganhando espaço.

E um beijo para a beleza única e inexplicável das manhãs. Adoro manhãs e manhas, claro. Sou apaixonada por manhãs, mas ainda gostaria de poder gravá-las e assistir mais tarde ;) Não estou tão adulta e disciplinada assim.

The New Adventures of Old Bia

O mundo está aqui no meu copo. Eu queria bebê-lo como Coca-cola, gritava por isso. E aqui está.
Não consigo beber. Tô com medo da ressaca.
Bebi alguns golinhos daqueles de sentir só o gostinho no canto da língua. Um pequeno de cada vez. E o copo ainda não está nem longe de quase transbordar.
Frase confusa. Pensamento confuso. Momento confuso.
Uso cadarços coloridos no meu all star, mas tenho que me portar como gente grande. Responsabilidades, carreira, sucesso, fracasso.
E o copo treme um pouco na minha mão. Não posso apoiá-lo em lugar nenhum, ele é meu. único e intransferível. Como a senha.
A dor no estômago continua e eu vivo a base de chocolates. Incrivelmente perdi uns quilinhos mesmo assim. Pra você ver o drama dessa minha coca-não-sei-se-cola-ou-não no meu copo. Queria que ao menos o copo fosse da Disney, isso me deixaria mais confortável.
Calma, menina! Calma, senhora! Tira esse all star com cadarço parada-gay e coloca logo as sapatilhas e o crachá... Porque o dia está só começando e esse copo ainda está bem cheio e suado.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poesia

Não se animem, não é minha. Só mesmo pra registrar que aprecio [e até invejo um pouquinho por não poder fazer as minhas - inveja boa]

Some stories don't have
a clear beginning, middle,
and end. Life is about not
knowing, having to chance,
taking the moment and making
the best of it, without knowing
what's going to happen next.
Delicious ambiguity.

- Gilda Radner

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cães e babies

Você conhece uma pessoa. Bate um papo maneiro. Solta "ai, detesto crianças". O que acontece? Nada grandioso.
Dependendo do seu interlocutor, você pode ouvir algumas coisas tipo: "Ah, são tão fofinhas" ou "Isso é porque você não tem contato direto com nenhuma"...
Eu, particularmente, amo crianças. É ver um baby na rua e sorrir. Sério, é mecânico.
Para comparar com a situação apresentada acima, tenta um dia comentar levianamente que você não é uma adoradora de cães. Não, não tente. Conselho de amiga.
Qualquer interlocutor pira ouvindo essas palavras e você corre o risco de ser chicoteado e/ou apedrejado em praça pública. Isso sem falar dos cuspes.
Você pode comer criancinhas no café da manhã, desde que seja ao lado do seu cãozinho super bem-tratado.
NÃO, EU NÃO ODEIOS CÃES E NUNCA FARIA NADA DE MAU A NENHUM DELES, OK?
Só não gosto de ser lambida e mordiscada e roçada (certo, exceções a parte #DercyGonçalvesFeelings).... Tenho medo do seu bichinho fofo me estranhar e me morder, mas tenho pavor dele me adorar e me lamber!
Acho fofo, acho válido, mas não quero que ele pule em mim. Não quero ficar com cheiro de cachorro ou pelos por toda a minha roupa nova (nem velha).
Respeite a minha loucura por babies que eu respeito a sua pelos cachorrinhos.
E a gente vive feliz assim, tá?
Beijomeliga.

Sobre o egoísmo

Um relacionamento é basicamente amor e egoísmo.
Sim, sim, o amor é muito bonito e necessário na vida, mas egoísta.
Você ama o amiguinho ou a amiguinha. Bacana. A partir daí você quer ser amada também. Beleza.
Se parasse aí, tudo flores. Mas eis que você sente os espinhos....
Você quer saber aonde ele estava, com quem. Quer que ele prefira você não só entre todas as amiguinhas, mas que prefira você entre todas as pessoas! Mesmo quando você estiver de tpm.... E principalmente quando, na verdade, estiver de tpm!
Você quer ouvir que ele quer estar com você para sempre, mesmo que você não saiba o que vai almoçar amanhã.
O amor, malandramente, sempre tenta ser "querer, querer, querer" e "meu, meu, meu".
Cabe a você repetir, como um mantra "doar, doar, doar".
É, o melhor do amor é a doação. Doar ao outro sem esperar nada. Doar para se completar. E, por isso, o amor é o sentimento menos egoísta que existe!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Num clique

Sim, clichê, sim, roubo de ideia. Mas nada se cria e hoje acordei com essa vontade.
Vontade de acelerar o tempo; acelerar até o momento em que eu estivesse com a minha vida toda equilibrada. Casa decorada, faculdade terminada, emprego estável.
Acelerar toda a burocracia, toda a rotina, todo o trânsito sentada no ônibus.
Diminuir a velocidade em manhãs confortáveis com o amor, pausar e voltar várias vezes a risada do afilhado.
Não queria voltar e fazer nada diferente. Só queria, hoje, pular toda a chatice da vida e ficar só com as coisas mais que lindas.
Hoje eu queria ter esse controle remoto -não vejo a hora de chegar em casa e poder sonhar com isso abraçada em um travesseiro.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Branco.

Acordo com a cara quase na parede, como sempre.
Tento lembrar com o que sonhei, enquanto a luz forte do sol fraquinho de inverno esquenta as minhas costas, mas nada. Me reacomodo então embaixo do edredon e fecho novamente os olhos.
Nada.
Ok, força para virar e levantar logo da cama. Não posso perder a hora.
Espreguiiiça. Opa, não tinha reparado que a blusa do pijama era branca, ontem a noite (eu tenho alguma branca?).
Aliás, a roupa de cama inteira está branca.
Me viro finalmente e encaro a parede da janela. A parede que eu mesma, com muita sujeira, pintei de pink. Ela não deveria estar branca.
Só posso estar sonhando. Um sonho muito louco. Por isso não lembrei o que estava sonhando, claro!
Começo a me forçar a acordar. Não que eu saiba como fazer isso. Ninguém sabe, porque se soubéssemos, não sofreríamos mais com pesadelos.
Não acordo e gostaria de chamar os irmãos Winchester!, mas não tem nada na minha cabeça.



Acordei. De verdade, dessa vez. E não tive esse sonho, me lembro de qual tive.
Mas acordei sentindo nada; exceto o gosto amargo do cotidiano mecânico.
As dores do sonho ruim que tive me incomodam ainda e não me deixam ver as cores fortes e lindas; hoje tudo parece meio branco, meio chato.
Prefiro voltar a pensar em nada.

terça-feira, 22 de junho de 2010

She was just seventeen....

Ah, meus dezessete!
Quanta vida pela frente, quantos sonhos. O mundo inteiro nas mãos e nenhuma preocupação nas costas.
Aos 17 você pode se dar ao luxo de se apaixonar por um garoto só porque ele manda muito bem no skate ou porque tocou uma música no violão pra você.
Com 17, você pode curtir o cabelo e as roupas dos gatinhos. Você pode se vestir do jeito que sabe que ele vai gostar.
Com 17, você pinta o cabelo e corta seus jeans.
Quando se tem 17, se tem toda a beleza e todo o frescor. O sorriso de ninfeta e o olhar doce de segundas intenções.
Só aos 17 você pode dizer que nunca mais dançará com ninguém, que nunca mais vai precisar de ninguém.
Ah, os 17!
Mal sabem eles que muitos outros anos vem por aí. Os sonhos vão mudar e os amores também.
Ah, os amores! Se apenas eles mudassem, ao menos. Mas ao mudarem nos mudam também (chegam e deixam um pouco deles, vão embora e levam alguma coisa de nós).
O amor muda e o jeito de amar muda e o jeito que gosta de ser amada e o jeito que precisa ser amada. Mas sabe o que não muda nem em 17 vezes 17 anos? A quantidade de amor. A intensidade do amor. A importância do amor.
Não faz muito tempo que eu deixei os 17 e a menina dos 17 pra trás, mas hoje me deu uma saudade grande. Saudade da despreocupação e da leveza mental dos 17.
Uma idade para se lembrar, o seu último suspiro antes dos 18 e do mundo sair da sua mão e pousar nos seus ombros.
Gravei os 17 na pele, literalmente, mas o tempo vai levar embora logo logo, quase literalmente, quase poeticamente.
Guardo tudo isso na minha caixinha para ver com um sorriso quando os 17 não estiverem mais tão vívidos na lembrança.
She was just seventeen and you know what I mean....

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cuidado, frágil.

Nós nos preocupamos em enrolar várias coisas em plástico-bolha, assim protegemos nossas taças, pratos, xícaras, lustres, vasos, presentes.
Mas nada é mais frágil do que as relações humanas. E se eu pudesse enrolava cada pedacinho dos meus relacionamentos com esse plástico com gases (pegaram?).
Infelizmente não posso, então tenho que me transformar em malabarista para não deixar que nada se quebre (ou quebre muito).
Gostaria que as pessoas percebessem isso. Não falando como superior, mas sim com experiência no assunto.
Eu não ligava para o fiozinho que conecta as pessoas. E deixei assim muitos e muitos se quebrarem. E dói.
E quando não dói a dor da saudade, bate aquela sensação de ato desnecessário. Não é preciso que você ame a todas as pessoas, mas não custa você sorrir e se importar.
Ao se importar, você automaticamente liga o sensor na outra pessoa que a faz se importar também.
Se todos se importassem e parassem para pensar, não sairiam enfiando os pés pelas mãos loucamente como andam fazendo.
A política da vizinhança suportável tem que ser sempre priorizada (a política da BOA vizinhança pode ser tornar falsidade, então mantenha apenas a relação dentro das necessidades e possibilidades).
Agora eu me esforço para manter cada fiozinho intacto e engrossar os fios quando possível.
Como minha mãe adora dizer, você demora muito tempo se dedicando e ganhando a pessoa, mas para isso tudo ir por água abaixo basta um passo mal dado.
Ninguém vive bem e é feliz sozinho. E não sou eu que estou dizendo. O grande Tom imortalizou essa máxima "é impossível ser feliz sozinho... tchurururu".
Você, é claro, tem que estar feliz consigo para poder ser feliz com alguém. E esse alguém, qualquer que seja, tem importância inclusive para a sua menor felicidade.
Lance de universo, de conspiração mesmo. O que você emana, volta.
Então, seja bacana com toda a rede de fiozinhos ligados a você. E tente também ser bacana com os fiozinhos ligados a alguém que é muito ligado a você.

[E mantenha ao menos uma almofadinha por perto, para abafar a queda de um ou outro fiozinho por aí, porque uma vez que é quebrado a cola tem que ser muito boa e a sua sorte também.
E vai acontecer de um fiozinho dar uma escorregada e você salvar ou não. Relaxa, somos humanos e isso significa um poço cheio de emoções, dúvidas, loucuras, desejos e defeitos.]

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Jantando nas alturas ou voltando para a água?

Foi uma experiência maravilhosa, maluca, inusitada, louca, divertida, tensa.
Sentei numa cadeira estilo montanha-russa sem chão e saí do chão.
Com os pézinhos balançando subi 50 metros acima do Píer Mauá.
Mentira. Não balancei os pés. Fiquei dura pelo menos até subir toda a altura; ou até a champanhe subir à cabeça.
Mas subi! Quem não subiu conosco foi a sopa de bacalhau que preferiu voltar a suas origens aquáticas. Sério. Muito sério. O pote caiu enquanto subíamos. Achei que fosse a próxima.
Mas subi! E jantei lá em cima! Chiquérrimo, com direito a cordeiro (não o de Deus, o da chefe Flávia) e a sobremesa de chá de jasmin.
-Descobri que comer broto (de cebolinha, beterraba, etc.) faz rejuvenescer! Coma broto e seja um broto!-
Mas subi! E jantei lá em cima! Tenso, com direito a ventinho balançando a plataforma e luz apagada para "dar o clima" da descida.
Galera, só o fato de estar lá em cima e começar a descer já era o clima!
Mas tudo ótimo! Foi lindo ver o Rio vaziiio lá de cima.
Alegrou o coraçãozinho ver que a minha cidade continua muito da maravilhosa, apesar dos pesares.
Quase voltei a pé pra casa. Por amar estar de volta ao chão sim! E pelo péssimo serviço de táxi que tentei chamar.
Nunca gostei tanto de atravessar a rua correndo e subir as escadas do prédio. Até andar do ponto ao trabalho hoje foi diferente.
Culpa da horinha que passei lá em cima, culpa da adrenalina que isso proporcionou.
Ainda tô na adrenalina. Espero que demore um pouquinho pra passar (pelo menos até eu dar uma corridinha na esteira mais tarde).
No fim das contas, recomendo! Afinal, tudo na vida deve ser experimentado!
Obrigada pelo presente HSBC, Camiseteria, chefe Fábio =D
Supimpa *

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pé de chinelo

Eu sou uma defensora da palavra "medíocre". Como normal, mediano. Nem lá, nem cá. Mas como é uma palavrinha demais da feia, acaba tendo um peso pejorativo.
"A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre" já dizia Oscar Wilde.
É indispensável ser medíocre em muitas coisas. E se é normalmente medíocre em outras tantas. Eu sou medíocre pintando uma parede, por exemplo.
Medíocre não é tudo de ruim, galera. É tudo de comum, tudo que não é ótimo nem péssimo. É como eu e você, mas não como Machado de Assis.
Mas não me parece que a fama de medíocre está para mudar. Esse é o tipo de estigma que não sai com o tempo.
É uma pena.
Mas nem tudo é podre no reino da Dinamarca!
Hoje em dia você falar que fulano é "pé-de-chinelo" já não é mais uma ofensa!
Você vê por aí pés de chinelos na rua, no shopping, no cinema.
Chinelo agora é fashion e não custa mais dé reau!

As pessoas podem se ofender se chamadas de medíocre, porém se você mandar um "seu pé-de-chinelo", pronto! Tem um amigo sorridente! "Ai, você gostou? É último lançamento. Reparou nos detalhes de cristais swarovski?".
Muitos pés de chinelos são feitos com mensagens. De amor, de amizade, uma piada ou uma passagem bíblica.
Também já é figurinha carimbada em brindes de casamentos e festas de 15 anos, os pés de chinelo descontraídos.
Alguns pés de chinelo circular longe do chão. Em chaveiros, pingentes ou presilhas de cabelo.
Agora então, com a copa, haverão por aí muitos pés de chinelos patriotas por pátrias que não a sua. Só porque é bonito, não porque vá torcer pela seleção do pé.
Você pode ter o pé de chinelo que preferir, mas não pode ir ao shopping com o seu par de chinelos medíocre. Deixe-os para um programinha mais medíocre, como fazer compras na feira.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tudo!

Sempre fui uma defensora do romantismo e do prazer na vida.
Corra atrás do que você quer, do que te faça feliz. Depois pense nos outros.
Quando pensar nos outros, pense com todo o carinho do mundo. Como se fosse você outra vez.
Devemos tomar a vida como coca-cola. Grandes goles dessa delícia corrosiva.
(sabia que o que nos mata é o oxigênio?)
Agora ouvi do tio Woody que deve-se correr atrás de tudo o que der certo.
Genial. É tudo o que eu sempre quis dizer, mas que só alguém como ele poderia soltar com a maior naturalidade do mundo.
Espero que agora as pessoas ouçam e parem de ser tão medíocres com elas mesmas e com ou outros. Próximos ou não.
Corra atrás do seu sonho, corra atrás do seu amor.
Corra atrás de tudo o que você acredita.
Se achar que vale a pena, vai lá e se joga.
Tudo que vale a pena pra você é grande coisa na sua vida. Mesmo sendo pintar o cabelo ou fazer um bolo.
E, claro, não se prenda a nada. Não tente agradar demais a ninguém que não seja você.
Porque no fim, só você fica mesmo. E tem que ficar bem.
Imagino as pessoas rancorosas por aí e não posso deixar de pensar que são pessoas tristes que não procuram o que valha a pena, procuram só o que agrade a alguém.
Beleza. E daí?
E daí que ninguém gosta de pessoas que são desagradáveis, então se você se desagrada vira um círculo vicioso insuportável de convivência.
Loucura.
Estou meio louca hoje.
Mas completamente agradada por mim mesma. E por manter por perto tudo que sei que vale a pena!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Destinée

Sempre acreditei em destino.
O tipo de garota que encontra o amor da vida e lê o horóscopo.
Acredito piamente que sou uma taurina sem tirar nem pôr e que, para piorar, meu ascendente em escorpião é a cereja no sundae.
Enfim, uma pessoa que acha que o destino está aí. E as coisas acontecem porque tinham mesmo que acontecer.
Hoje acredito que nascemos com um plano de jogo. E como em qualquer jogo, o desenrolar está na mão do jogador.
Se escolhemos vestir azul e não verde ou esperar o próximo jogo, o plano muda de ângulo. Ou seja, temos um milhão de oportunidades que vão se encaixando e um futuro que se desenrola apenas parcial e desfocadamente para ser alterado um segundo, um dia, um mês depois.
Não percebemos, mas o "e se" está presente em cada mínima escolha. Incusive em deixar a janelinha do msn piscar para não perder o fogo no texto.
Inclusive tentar escrever textos e lançá-los ao mundo, como filhos, sem saber se obterão sucesso ou te visitarão em feriados.
Dar a cara a tapa, pagar pra ver. É a graça do jogo, o trunfo, o joker.
Você pode perder uma canastra limpa ou ganhar o jogo por causa dele.
Tudo isso é genial e terrível.
Como um the sims gigante que temos que jogar sem olhar para a tela do computador. A única diferença é que se fizermos merda (tipo não dar comida pro bebê), não dá pra sair e voltar da última vez que foi salvo.
E ainda acredito que encontrei o amor da minha vida, mesmo que touro não combine tão bem assim com gêmeos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dindinda

Por que aquela velhinha gorducha e muito boa é chamada de fada-madrinha? Ela é uma fada, certo. E é chamada de madrinha porque reúne todas as qualidades de uma madrinha em suas ações e personalidade.
Ok, estou me achando. Mas a coisa mais linda da vida é aquela coisinha piquirrucha te chamar de Dindinda. Por favor, não quero ser grisalha e boboca como a fada da Cinderela, mas se colocarem uma varinha com uma estrela brilhante na ponta na minha mão e me derem um vestido fofo e azul-arroxeado eu vou parecer bastante com ela haha. Ta aí, bela fantasia para o Dia das Bruxas.
Enfim, uma madrinha é um ser que tem que unir características de avó, tia, irmã, amiga, cúmplice, psicóloga, advogada, motorista, babá, médica, cozinheira, MÃE.
Ser madrinha é isso. É ser mãe com benefícios de avó.
É comprar um milhão de mimos. É querer estar junto o tempo todo e amar loucamente um serzinho que te retribui o amor em cada pequeno gesto ou manha.
Sem saber, me deram o melhor presente que eu poderia ganhar.
Estou sendo mãe por tabela. Estou tendo o gostinho de amar alguém incondicionamente e não ter que acordar de madrugada.
Espero me sair bem no final das contas.
Um beijo da dindinda.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelaaadaaa!!

Nunca liguei para cabelo. Se ligasse já tinha dado um jeito nele. Mas tudo bem, ele revoltado aqui em cima, eu estressada aqui embaixo.
O que me espanta, porém não me deixa de cabelos em pé, haha, é que já não se pode difereciar meninos e meninas pelo tamanho do cabelo ou penteado ostentado.
No meeeeu tempo, as meninas ficavam horas no espelho. Penteavam pra cá, penteavam pra lá. Ajeitavam as franjas. Passavam gel.
Os meninos cortavam curtinho e do jeito que acordasse, ou saísse do banho, ficava. Se o cabelo fosse lisiiinho era aquele corte de asa-delta que vivia cheio de nós por falta de pente.
Beleza, todos viviam muito bem assim. Perfeita harmonia.
Hoje, meninos se preocupam com as franjas. Usam pasta leave in e fazem chapinha. As meninas picotam os cabelos em todos os sentidos e penteiam as madeixas curtinhas com os dedos.
Ok, exceções a parte. Graças aos deuses meu namorado tem cabelo curto e não faz chapinha!! E eu penteio com as mãos meus cabelos compridos, numa trança bagunçada.
MAS AONDE ESSE MUNDO VAI PARAR???
Não se tem mais um critério básico de cabelos, nem de calças, nem de brincos.

Estamos caminhando para o fim dos tempos; quando nem o que temos dentro das calcinhas grandes e das cuecas pequeninas diz muita coisa sobre o dono. Oi? Por favor, quero de volta o tempo de: "Meninas? Blééé".
Me traga um copo com mais gelo e deixe esse whisky aqui. Estou com estresse acumulado.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Experimenta! Experimenta!

Melhor que Coca-Cola, melhor que Guaraná, Jesus é um sabor que você tem que experimentar! É, eu nunca experimentei... É caro!! E só vi vendendo na feira dos paraíbas. Enfim.
Em contrapartida, fui ao meu primeiro (e, quem sabe, assim, talvez, último) show de MEEEEEEEETAAAAAAAAAL!!! |..|
É, foi difícil. As meninas (oi?) me olhavam de cara-feia. Mesmo não podendo me olhar diferente, né? Ha-ha. Ok, me olhavam meio de lado, com um nojinho (oi?)...
Mas tudo bem, eu dancei Beatles -cantando, por sinal- enquanto pessoas gritavam junto com a ruiva gata do palco e todos sacudiam os cabelões.
Algo que se leva para a vida toda. Assim como andar de montanha-russa na Disney e cair no laguinho nojento do parque.
Outra coisa que se leva para a vida é comer de graça. SIM! Conseguir ganhar a promoção de tempo de entrega e não pagar nada pelo seu pedido. Infelizmente nunca tive tal deleite. O entregador malandro sempre chega dois minutos antes. Droga! Vou armar uma armadilha para ele. Uhm, um plano infalíiivel!
Viver e experimentar. Isso que temos que fazer sempre. Como na propaganda, como se não pudéssemos experimentar depois, como se hoje fosse o último dia.
Tomorrow can wait.

Que amava, que amava, que amava. Não pode não amar ninguém!

Marina se reconstruiu dentro do molde que achava ser compatível com o gosto do Francisco.
Como todo molde forçado: machucou, arranhou, amassou algumas partes e perdeu outras. Mas Marina estava orgulhosa de si mesma e sorria de canto a canto para Francisco e quem mais estivesse ali para ver.
E Francisco continuava preferindo Débora que só se moldou a ela mesma. Algo muito longe da imagem de Francisco e do que Marina pensava ser o gosto de Francisco.
No meio de tudo isso está Glória que gosta da Marina com ou sem molde. Só Marina.
Ok, ali ao lado está Paulo que não ama ninguém.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sobre corujas e montanhas

Ecobag. A última moda. Um jeito bacana de limpar a consciência.
Mas e as montanhas? Os vales verdejantes, as planícies de relva, como ficam?
As de cá já destruímos. As de cá ocupamos sem dó e com pressa. As montanhas de cá viraram morros. Viraram favelas. Viraram agora comunidades.
Ô, beleza, eu moro na Zona Sul. Mas eu olho pela janela e não me delicio. Olho pela janela e não sinto vontade de respirar bem fundo e guardar a imagem, mais do que na mente, no coração. Olho pela janela e posso, sem querer, encontrar uma bala perdida.
Deito na minha cama e invejo quem tem janelas que mostram coisas verdes até a vista não poder mais....
Aah, as montanhas de lá. As montanhas de lá abrem meus sorrisos. Vários deles. As montanhas de lá me fazem ter vontade de não ir embora, de estar de férias, de não ter que trabalhar na segunda. As montanhas de lá me fazem sonhar com a aposentadoria e uma xícara de chocolate quente.
Que coisa linda é você viajar olhando montanhas verdiiinhas. Umas vacas pastando aqui, umas árvores tortinhas ali.
É emocionante. Belo e triste.
Aonde essas montanhas vão parar?
Nós temos que viver, sim. Temos que construir casas, sim. Mas sem que a natura perceba. Nós nos adaptamos, não ela. Ela é bonita, não nós. Desculpem as feias, mas beleza é fundamental. Para montanhas, sim, Vinicius.
Eu amo montanhas. Ponto.
E, claro, corujas. Eu amava uma coruja. Ia visitá-la na beira da praia todas as noites, com meu avô. Eu simplesmente sentava lá e ficava observando ela ser coruja na sua arvorezinha. Morando na Barra sem pagar IPTU.
Adivinha o que aconteceu?! Uma noite ela simplesmente não estava lá. Eu e meu avô procuramos e esperamos e nada dela. O moço do quiosque contou, assim como quem conta o resultado do jogo de quarta (ou talvez com menos intensidade), que alguns garotos passaram por lá, viram a coruja e a mataram. Um pobre bichinho que nunca fez mal a ninguem. Pelo conrário, me fazia um bem danado!! E podia fazê-lo também por quem mais quisesse.
Voltei pra casa chorando nesse dia. Pela minha coruja linda, por mim e pelo fim da humanidade e das montanhas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Vivemos na cultura da falta de cultura aonde os fortes não tem vez....


O bandido tem o carrão. O corrupto a casa em Miami. O esperto ganha uma camiseta.
É isso aí. Agora até se aprende na escola. E ninguém mais quer fazer cinema com as leis, querem sim mudar as leis. Enrolá-las, torce-las, vira-las do avesso até ficar como melhor convém. Eu faço a minha lei.
O bloco do eu sozinho agora não é mais sentimental, não é profundo nem poético. Não é nem ao menos bonito. É egoísta, narcisista e esperto.
Cultivamos valores sem valor e amores superciais. Cultivamos os olhos fechados e os relacionamentos de interesse.
O seu preço está cada vez mais alto. Mas vale cada vez menos.
Nos escandalizamos com a sujeira pública. Mas ela é nossa e cada um faz a sua.


Podemos reclamar?
O povo:
- Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas...
- Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas...
- Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração...
- Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura...
- Fala no celular enquanto dirige...
- Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento...
- Para em filas duplas, triplas em frente as escolas...
- Viola a lei do silêncio...
- Dirige após consumir bebida alcoólica...
- Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas...
- Espalha mesas e churrasqueira nas calçadas...
- Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho...
- Faz gato de luz, de água e de tv a cabo...
- Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos...
- Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda, pra pagar menos imposto...
- Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas...
- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota de 20...
- Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes...
- Estaciona em vagas exclusivas para deficientes...
- Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado...
- Compra produtos piratas com a plena consciência de que são piratas...
- Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca...
- Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem...
- Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA...
- Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho...
- Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo...
- Comercializa os vales transportes e vale refeição que recebe das empresas onde trabalha...
- Falsifica tudo, tudo mesmo.. só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado...
- Quando volta do exterior, nunca fala a verdade quando o policial pergunta o que traz na bagagem...
- Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve...
O povo escolhe os líderes. E os mesmos saem do povo. Poderia ser diferente?

Acho que vou virar hippie..... -Mas uma que se depila, por favor.

domingo, 14 de março de 2010

águas de março

Um mês fora da realidade.
[Já que realidade tem aquela cor cinzenta]
Nunca felicida e férias se completaram tanto na minha vida.
Entendi. Senti. Amei.
E agora e choro as águas de março.
Choro pelo vazio que ficou no su lugar.
[Aqui, do meu lado]
Choro pela falta do abraço.
Choro pelo silêncio aonde não está a sua voz e o seu riso.
Sim, sou uma estúpida romântica incorrigível. E uma perfeita exagerada.
Mas não sei mais dormir sozinha.
Nem dá vontade de comer se não tem você pra fazer um pedido especial.
Conversar? Com quem? Alguem que compense a conversa com você está difícil.
[As conversas estão aborrecidas]
Estou perdida.
Estou perdida agora que você me achou.
[E não sinto o menor receio quanto a isso]

quinta-feira, 11 de março de 2010

Paula Coelho

Olá, meu nome é Paula Coelho e eu escrevo auto-ajuda. Sim, auto-ajuda. E não essa balela de desenvolvimento pessoal. Eu não me desenvolvo em nada escrevendo, mas é de grande ajuda terapêutica. Se eu escrevesse em máquinas e acumulasse todo esse papel poderia me dar ao luxo de dizer que talvez as traças se desenvolvessem enquanto deliciavam tal profundo banquete. Mas não. Nem isso. Escrevo para o nada. Escrevo pra mim mesma.
O escritor é uma criatura tão falida que escreve por necessidade de manter uns fios de razão. Um escritor pode escrever a vida toda só pra ele e suas traças, mas não pode ter o conforto de não escrever. Quem não escreve é feliz.
Vou fazer a minha releitura clássica que nem sei se já não foi feita por nenhuma outra mente brilhante: "Escrevo, logo existo!". E é exatamente por aí.
Por falta de terapia, transcrevo meus devaneios melancólicos e dramáticos (tentando dar a eles um tom mais leve e descontraído) só pra me envergonhar logo em seguida e me perguntar aonde foi parar o meu eu literário genial. Eis o meu dilema. Preciso escrever para existir e não enlouquecer, mas não escrevo nada que possa ser lido sem ruborizar minhas bochechas...
Eis que em um inspiradíssimo insight (mistura de água gelada no calor infernal e alguns cabelos escorrendo pelo ralo) percebi que meu eu literário genial se perdeu como meus shorts e alguns muitos fios de cabelo. Em cada Outback e Burguer King (merchan direto na minha conta, por favor), em cada pizza de madrugada meu eu literário genial foi esmagado por gordura trans! Cada vez que me sinto plena meu euzinho literário genial dá sinal de vida e me manda alguns post-it's(?) com anotações de beleza imensurável! É lindo, mas a minha confusão interna vestida agora de monstro trans ainda o está sufocando....
Como perfeito espírito melodramático que sou, tenho certeza que quando não mais for a maldita trans vai ser um outro monstro qualquer. Porque todo gênio é um pouco louco *pretensão ligada* e a obra de arte só fica admirável quando trabalhada por horas a fio, depois de uma ou duas doses e uma ou duas lágrimas.
Nada na vida é fácil.
Maktub.
"A palavra tem um poder maior que muitos rituais."
“O combate nada tem a ver com a briga”.
Namaste.

Ok, chega de Coelhice. Talvez eu vá correr na praia agora. Talvez eu vá comer minha imitação da Pringles agora....

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

E depois da tempestade......

....vem seempre a bonança!? Ok, mas tudo não tende ao caos? Não se desespere... O negócio é deixar rolar! Dando uma empurradinha ali e aqui pra manter nos eixos, claro, mas se deixando viver.
Porque as promessas que fazemos anualmente e diariamente caem nesse caos da vida, isso é fato, então o melhor é fechar os olhos e sentir o vento que leva as promessas, o medo, as dúvidas..... No fim tudo acaba bem, né? Ao menos pra você tem que acabar. Não pra mim, nem pra ela. Nem mesmo praqueles dois. Tem que estar bom pra você. Essa é a maior promessa, o maior comprometimento que você pode ter. O rumo que você segue, as empurradinhas na roda-viva são só pra chegar nesse fim, a sua felicidade.
Com a felicidade depois da tempestade sempre tem a bonança. Na tempestade tem a bonança. No caos tem a bonança. Nada impede na verdade que você seja simplesmente feliz em qualquer hora.
As coisas não estão lá grandes coisas? Você pode ser feliz tomando um sorvete. Não tem perspectiva de futuro? Assista um desenho ou desenhe algo que você adore! A felicidade está aí, pairando. Você sorri e ela gruda em você, então procure sorrisos e distribua-os depois.
No meio da "vida", existe a sua vida. E nela existe você. Bem ou mal você tem que se importar.
Na pior das hipóteses, a luz está no final do túnel. Você só tem que procurar por ela.
Na melhor das hipóteses você é a luz pra alguem.
Eu tenho os meus vagalumes particulares. E agradeço a todos eles por isso, a minha felicidade.