domingo, 20 de janeiro de 2008

piegas mesmo

Cismei com isso. Agora tudo é insight. "O que nos une é o mel!", a tatuagem perfeita e nunca antes imaginada, encontrar a fórmula "certa" pra sair da fossa, o empurrãozinho de um texto (que não sai mais disso). Insight, insight, insight, insight.
Então chega. Insight não em árvore, e eu não sou merecedora de ganhá-los a torto e a direito. (Mas não abro mão da genialidade da descoberta sobre o mel!)

Então, esse não foi outro insight. Acho que algumas fichas caíram. Hoje, domingo, chovendo, quase carnaval, sozinha. É claro que isso tinha que acontecer comigo, a Rainha dos Clichês. E é claro que sozinha refere-se ao fato de mesmo tenho duas pessoas dormindo atrás de mim e mais duas no outro quarto, a única pessoa que AINDA tem paciência comigo (não sei daonde sai e ela não me chama de chata nem uma vezinha) saiu inesperadamente do msn e eu pensei que eu tivesse "culpa" nisso. Foi aí que a ficha caiu. Depois de dois meses eu percebi que falar "eu não sei viver sem ele" é um absurdo. Eu vivo sem ele. Não é fácil, mas elas facilitam! Elas que me ligam pra saber como eu estou. Elas que vão no cinema comigo e nem se importam se eu chorar tubos o filme todo. Elas que me aturam falar o mesmo nome tantas vezes em espaços tão pequenos de tempo. Elas que têm uma paciência surpreendentemente ENORME. Elas que me ouvem chorar e reclamar até mesmo pelo telefone.
Resumindo, eu tremia. Perguntei pros amigos em comum se ela estava falando com eles ou se tinha saído mesmo. Se estava em off ou se tinha ficado puta comigo. Mandei mensagens pelo msn, orkut e celular. Só me acalmei quando ouvi a musiquinha dela no meu celular. Ufa, não está chateada comigo. Ufa, só faltou luz na casa dela. Ufa, ela já volta.
Mas voltando às fichas e sua queda. Foi pior (ou melhor) do que um banho de água fria na ressaca. Foi tudo ao mesmo tempo. Eu percebi que mais importante do que escrever aquele e-mail com tudo que eu ensaiei pro meu ex (como odeio esse termo), era escrever um e-mail gigantesco pra ela com tudo que tava rodando na minha cabeça.
Eu me senti (e acho que minha psicóloga vai amar isso) uma pessoa ingrata. Sim, ingrata. Palavra de vó, né? Ingrata. Eu até gosto. Pega melhor do que "filha-da-puta-escrota". Ingrata e sortuda. Porque por mais que eu seja, juro, inconscientemente escrota com as pessoas que eu mais amo e que mais me amam ao mesmo tempo que adorável com as pessoas que mais me magoam, elas continuam ali, me amando. Assim, de graça. Depois de todos os foras e grosserias, elas estão ali de braços abertos pra me ouvir reclamar incansavelmente. Estão ali segurando a barra quando eu já não aguento mais segurar.
É por isso que depois de meses sem escrever nada que realmente me agrade eu acabei escrevendo um texto apelativo em um lugar que deveria receber meus grandes escritos. OK, é por uma causa nobre.
Então, pra ninguém dizer que eu não fui piegas o suficiente ou reclamarem que faltaram clichês...

Obrigada a todos os meus amigos queridos. São mega importantes pra mim e me fazem uma pessoa mais feliz e menos neurótica. =)
Amo TODOS vocês.