terça-feira, 22 de setembro de 2009

Arquitetos da própria sorte....

O primeiro semestre veio como o futebol... Uma caixinha de surpresas!
Ok, péssimo, detestável, mas sem preconceito linguístico!!
Uma caixinha de surpresas agradáveis, um mundo de descobertas... Experiências novas de todos os tipos, experiências pessoais que eu não imaginava no ano anterior.
Emma Bovary me trouxe sorte com todo o seu azar, felicidade com todo o seu sofrimento e não parece que já se passaram mais de doze meses desde meu primeiro dia de aula, desde meu primeiro almoço no bandejão, desde a primeira vez que o LF me inspirou, desde a primeira aula de literatura que eu cochilei, desde a primeira mensagem linda de madrugada.
Experiências novas fora e dentro do adorável campus do Gragoatá e o mundo parecia caber na minha mão.
Um milhão de planos, um milhão de ideias (ainda com acento), um milhão de textos.
O segundo semestre veio como um banho de água fria no calor do verão (nota: é uma delícia no momento, mas depois bate aquele friozinho e uma vontade de deitar e dormir). Já não achava tudo tão genial, já não corria pra pegar o ônibus. Digamos que passei mal algumas vezes a mais do que o normal, digamos que demorei mais tempo lanchando do que o necessário. Mas ainda assim havia uma centelha, um restinho da fogueira que o primeiro mês acendeu.
Ainda existiam discussões interessantes, ainda encontrava coisas a serem pensadas. Ainda havia alegria e elogios e sorrisos e gargalhadas.
A alegria hoje eu achei escondida atrás de comentários na aula de linguística. No terceiro semestre, que veio como uma gripe forte. A alegria que me sorriu hoje não é suficiente pra me fazer esquecer a gripe. É uma alegria que eu sei que está com a companhia e não com o lugar. A alegria encontrou a tristeza por estar numa aula que eu não queria estar, num curso que não me atrai mais em nada. E elas brigaram. A alegria tentou dizer que podia ser como antes, mas não pode responder a nenhum dos argumentos da tristeza e ficou triste também.
Não se pode ficar triste com a perda de uma coisa que não se vai perder, então não estou tão triste assim, porque os amigos serão amigos não importa em que campus eu esteja. Amigos antigos e amigos novos.
O que a tristeza grita, enlouquecida, é "Quaaal campuus??". E eu não posso responder, apenas passar a mão na sua cabeça e aconchegá-la no meu peito olhando para o meu 'projeto de sorte' esboçado na minha cabeça.

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