quinta-feira, 11 de março de 2010

Paula Coelho

Olá, meu nome é Paula Coelho e eu escrevo auto-ajuda. Sim, auto-ajuda. E não essa balela de desenvolvimento pessoal. Eu não me desenvolvo em nada escrevendo, mas é de grande ajuda terapêutica. Se eu escrevesse em máquinas e acumulasse todo esse papel poderia me dar ao luxo de dizer que talvez as traças se desenvolvessem enquanto deliciavam tal profundo banquete. Mas não. Nem isso. Escrevo para o nada. Escrevo pra mim mesma.
O escritor é uma criatura tão falida que escreve por necessidade de manter uns fios de razão. Um escritor pode escrever a vida toda só pra ele e suas traças, mas não pode ter o conforto de não escrever. Quem não escreve é feliz.
Vou fazer a minha releitura clássica que nem sei se já não foi feita por nenhuma outra mente brilhante: "Escrevo, logo existo!". E é exatamente por aí.
Por falta de terapia, transcrevo meus devaneios melancólicos e dramáticos (tentando dar a eles um tom mais leve e descontraído) só pra me envergonhar logo em seguida e me perguntar aonde foi parar o meu eu literário genial. Eis o meu dilema. Preciso escrever para existir e não enlouquecer, mas não escrevo nada que possa ser lido sem ruborizar minhas bochechas...
Eis que em um inspiradíssimo insight (mistura de água gelada no calor infernal e alguns cabelos escorrendo pelo ralo) percebi que meu eu literário genial se perdeu como meus shorts e alguns muitos fios de cabelo. Em cada Outback e Burguer King (merchan direto na minha conta, por favor), em cada pizza de madrugada meu eu literário genial foi esmagado por gordura trans! Cada vez que me sinto plena meu euzinho literário genial dá sinal de vida e me manda alguns post-it's(?) com anotações de beleza imensurável! É lindo, mas a minha confusão interna vestida agora de monstro trans ainda o está sufocando....
Como perfeito espírito melodramático que sou, tenho certeza que quando não mais for a maldita trans vai ser um outro monstro qualquer. Porque todo gênio é um pouco louco *pretensão ligada* e a obra de arte só fica admirável quando trabalhada por horas a fio, depois de uma ou duas doses e uma ou duas lágrimas.
Nada na vida é fácil.
Maktub.
"A palavra tem um poder maior que muitos rituais."
“O combate nada tem a ver com a briga”.
Namaste.

Ok, chega de Coelhice. Talvez eu vá correr na praia agora. Talvez eu vá comer minha imitação da Pringles agora....

Um comentário:

Unknown disse...

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.


Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Quem não escreve é feliz.

Deveria ser o mantra de todos aqueles que escrevem...como uma oração, orando e rogando a Deus, que os livre desse carma e os deixe ser felizes e larguem a escrita.

Quem não escreve é feliz.