quarta-feira, 23 de junho de 2010

Branco.

Acordo com a cara quase na parede, como sempre.
Tento lembrar com o que sonhei, enquanto a luz forte do sol fraquinho de inverno esquenta as minhas costas, mas nada. Me reacomodo então embaixo do edredon e fecho novamente os olhos.
Nada.
Ok, força para virar e levantar logo da cama. Não posso perder a hora.
Espreguiiiça. Opa, não tinha reparado que a blusa do pijama era branca, ontem a noite (eu tenho alguma branca?).
Aliás, a roupa de cama inteira está branca.
Me viro finalmente e encaro a parede da janela. A parede que eu mesma, com muita sujeira, pintei de pink. Ela não deveria estar branca.
Só posso estar sonhando. Um sonho muito louco. Por isso não lembrei o que estava sonhando, claro!
Começo a me forçar a acordar. Não que eu saiba como fazer isso. Ninguém sabe, porque se soubéssemos, não sofreríamos mais com pesadelos.
Não acordo e gostaria de chamar os irmãos Winchester!, mas não tem nada na minha cabeça.



Acordei. De verdade, dessa vez. E não tive esse sonho, me lembro de qual tive.
Mas acordei sentindo nada; exceto o gosto amargo do cotidiano mecânico.
As dores do sonho ruim que tive me incomodam ainda e não me deixam ver as cores fortes e lindas; hoje tudo parece meio branco, meio chato.
Prefiro voltar a pensar em nada.

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