segunda-feira, 7 de abril de 2008

parece estranho? mas podia ser

Mais um dia na faculdade. Mas um dia muito interessante, um dia diferente dos outros. Começo de segundo semestre. Muita gente nova, começo de vingança dos antigos calouros, trotes e mais trotes, chopadas, enfim, esse era o primeiro dia da primeira semana do segundo semestre.
Leo chegou só pra assistir a toda aquela sacanagem com os calouros e se divertir. Só não sabia que só ia fazer isso até a Isa, ou até então, Isadora - caloura de adm, chegar lá.
Sabe aquelas histórias de cinema? Que vc acha que nunca vão acontecer com vc. Aqueles sentimentos lindos, aquilo tudo? Então, ele sentiu. Ela passou e ele só acompanhou. Incrivelmente, sem olhar pra bunda. Dizem que quando apaixonados, não importa isso. Bom, eu não sei, nunca senti vontade de olhar a bunda da mulher alheia, apaixonada ou não. E também não posso dizer que Leonardo estivesse apaixonado. É claro que a boca estava aberta, os pensamentos lentos e ele nem estava prestando atenção no vidro de tinta que estav a caminho da sua cabeça. E se estivesse prestando atenção, talvez nem ligasse. E se soubesse que ia acontecer o que aconteceu depois, ele ia pedir mais tinta, o mais rápido possível.
O que aconteceu foi que a tinta o acertou em cheio na orelha esquerda enquanto ela passava, o que a fez percebê-lo (já nem um pouco boquiaberto) e se oferecer pra ajudar "em qualquer coisa". É claro que o Leo, embora fosse um bom menino, não estava nem perto da santidade e resolveu se aproveitar da situação.
Depois de limpo, arrastou a calourinha dali até o bar mais próximo e se ofereceu para pagar as cervejas da comemoração por ela estar na faculdade. E claro, pizza pra acompanhar. Comprou até um sorvete pra ela enquanto a levava pra casa.
Mas beijo? Pelo beijo o Leo ainda está esperando.
Desde o semestre retrasado.

O primeiro dia da faculdade aquele estresse, aquela pressão. Caloura do segundo semestre, adm. Isadora saltou tensa do carro do pai e olhava para tudo e todos com desespero incontestável.
De repente, a salvação. Um veterano com cara de nerd acompanhou ela passando. Ufa, vou usar isso. Pra melhorar, sobrou pra ele os efeitos colaterais dos trotes e um vidro de tinta na cabeça. A sua chance! Ofereceu ajuda, ele claro, todo bobo, aceitou. Ela (com a faca e o quijo nas mãos) agora esperava ele sair do banheiro. Todo engraçadinho chamou ela pra beber alguma coisa. E ele vai pegar! Ela foi, claro. Nada melhor pra fugir, do que fugir com um veterano.
Beberam e ela pediu uma pizza. Era Leo o nome dele, e ele era bem simpático. Ela quase ficou sensibilizada e deu uma chance. Mas não deu. Ela não queria ele. Ela queria alguem pra mostrar na faculdade. Ele podia até ser amigo. Merecia, aliás, depois de tirá-la dos trotes e ainda pagar uma pizza e cervejas.
Se 'ofereceu' pra levála até a sua casa. Ela sabia exatamente as suas intenções por baixo de tudo e quase riu quando ele disse que era "no caminho". Mas aceitou. Companhia até em casa é ótimo. E ele ainda comprou um sorvete!
Ficou realmente com pena quando desviou do beijo com um sorrisinho amarelo. Mas era isso desde o ínicio.
Não teve beijo até hoje. Não nele. Quase 'só não' nele. Com ele só conversas sobre coisas aleatórias, trabalhos antigos dele e provas. O namorado é um dos veteranos mais disputados de adm, mas ele se forma esse semestre. Ela já está procurando outro.

Um comentário:

Unknown disse...

Bibi!
Parabéns pelos textos!
Tinha enviado um comentário grandão pro outro post, mas não foii! =/

Beijão, amiga linda!