terça-feira, 13 de maio de 2008

Lágrimas e Vinhos

(Aproveitando a onda de sentimentos do Dia das Mães para matar dois coelhos)


Dizem que ser mãe é padecer no paraíso. Eu acredito que seja exatamente isso. Como o gosto do vinho bebido, tremendo, em uma crise de choro. O doce e o amargo juntos. A realidade forte contra a suavidade do sonho.
É amar alguém de uma forma tão incrível que faz seu primeiro amor parecer tão emocionate quanto um comercial de leite em pó. É dizer não pra quem quer que seja, é ir contra tudo que for contra aquela pequena parte de você. É chamar de príncipe aquele marmanjo que tem três tatuagens e sai pra beber com os amigos e chamar de princesinha a mulher que sai dirigindo seu carro de manhã pra faculdade e só volta depois do trabalho e te liga pra saber se você quer encontrá-la na happy hour. Talvez porque eles ainda procurem o seu colo quando levam um fora (da vida ou de um amor) ou estão gripados. Talvez porque, pra você, eles sempre serão o menino de joelho ralado depois do futebol e a menininha pronta para o balé. E mesmo que seja a menina de joelho ralado com o futebol e o menino pronto pro balé, você vai amá-los do mesmo jeito.
Mas o que eu estou falando aqui? Não sou mãe e, embora sonhe com isso, não posso dar minha opinião.
Nesse mundo em que casamento é uma instituição falida e a maternidade um erro, eu ainda quero ser uma desperate housewife.
Espera que eu te conto como é!

2 comentários:

Paulo Mendonça disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Mendonça disse...

"Casamento é uma instituição falida" foi meio OLD,haha
Mas seus textos contemporâneos me encantam.Parabéns!!!
Vou ler mais ^^