terça-feira, 13 de maio de 2008

Poderia ser uma carta...

Aonde tudo começar a desandar? Não conseguimos permanecer tempo suficiente na "era de ouro" e começamos a descer bem mais rápido do que subimos.
Brigas por motivos ridículos (agora eu vejo como eram), discussões e mágoas. Telefonemas durante madrugadas tristes e scraps apagados sem resposta. Aonde tudo começou a dar errado?
Deixamos as palavras saírem como queriam e elas cortaram de um jeito que nem todo o amor que sentíamos conseguiu curar.
Quando você deixou de me adorar e somente a mim? Quando eu deixei de te amar?
Erramos sim, nos precipitamos a fazer algo que não estávamos preparados, nos jogamos de cabeça. Fomos fundo demais, rápido demais, bebemos tudo em poucos goles. Fiz coisas que me arrependo (logo eu, que tento fazer tudo tão certo para não me arrepender) e você também deve ter lá no fundo os seus arrependimentos (você, que sempre guarda tudo tão fundo, que parece tão forte). Poderia jogar toda a culpa em você e dizer que você trocou o certo pelo indefinido, o válido pelo afoito, mas até que ponto é um erro só seu?
O erro foi nosso, mas caramba, o erro só foi resultado de uma tentativa de acerto. Não pensávamos em errar. Não, de verdade. Não mesmo.
O que ganhamos nisso tudo? Um sofrimento interno desconcertante, uma saudade de alguma coisa que parece ser maior que a fome e que o frio, essa presença forte de um vazio que afasta o sono durante várias e longas noites.
Mas agora o orgulho não vai nos deixar voltar atrás. E não seria justo comigo, nem com você, com o nosso amor ou com o que a gente costumava chamar de "nós dois".
As tristezas, decepções e batidas contra a parede não matam. O melhor é enxergar como um grande aprendizado.
Nós vivemos grandes e belos momentos. É bom tirar essas experiências positivas desse doloroso final negativo. Deixemos as mágoas e os sentimentos ruins de lado para podermos de novo sorrir um para o outro. Um dia, quem sabe?
A gente ainda acerta.

3 comentários:

Renato Alt disse...

Pausa para refletir.
E no final, passada a reflexão e o velho reviver de emoções, fica algum saldo: afinal, nem sempre uma relação que termina há que partir sozinha, vazia.
E assim seguimos adiante...
Beijos.

Paulo Mendonça disse...

Bom....É um texto bem carregado,bem forte...Já passei por umas coisas que este texto fala.Mas o tempo,este grande senhor da razão(os mais velhos vivem nos dizendo isso),me fez esquecer completamente tudo que se foi,ficaram apenas as boas lembranças,as más parecem que nunca existiram,se é que isto é possível de se entender,ou de se explicar,sei lá!!!!
Tudo é uma grande mentira,até a mentira é uma mentira,hahaha


Besos
Paulito,haha

Beatriz S.Martin disse...

que texto bonito *O*

bgs :*