sábado, 27 de setembro de 2008

Borboletas

Milhares de borboletas borboleteiam no meu estômago enquanto eu escrevo mal e porcamente sobre elas.
Elas já moram lá, aqui, por prazer. Não vão embora porque eu as alimento. Com lamentos, com angústias, com medos fantasiados, com devaneios desmedidos e com alcool.
Elas adoram, fazem a festa, me deixam a beira de um ataque de nervos. Se vingam, alucinadas, pelos banhos de água fria que levam de vez em quando, quando eu ponho pra dentro algumas coisas melhores do que angústias e, de quebra, um suquinho de mamão.
Borboletinhas vis que não honram a boa reputação da espécie.
Borboletinhas que eu não consigo expulsar, que eu não consigo matar por falta de alimento.
Borboletinhas que mantém sã a minha maluquez e alucinada a minha lucidez.

Podiam ao menos me dar um pouco do chocolate.

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