quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Só para falar das rosas.

Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada.
Eu poderia falar de tempo, de clichês, de amor, de medo, de amizade, de paixão, de pra sempre, de sempre acaba, de Drummond, de guerras, de fotos, das estrelas, do mar, do ser, do não ser, dos seus olhos.
Eu poderia falar sobre coisas que aconteceram comigo, coisas que acontecerão comigo, coisas que poderiam ter acontecido comigo, coisas que eu gostaria que acontecessem comigo, coisas que acontecem.
E só porque eu poderia falar sobre tudo isso que vou falar de rosas.
Já que as palavras certas me faltam para todos os assuntos e as erradas eu já repeti demais, falarei sobre rosas.
É por isso que vou falar de rosas, de como elas precisam dos seus fiéis espinhos junto de si, de como elas aceitam abrir mão deles para alegrar uma namorada.
Eu falo sobre as rosas porque elas são todos os assuntos juntos, são eu e são você. São vermelhas, amarelas e hoje até azuis.
As rosas exalam, as rosas colorem, as rosas encantam, as rosas emocionam. E ganham. Ganham o título de flor dos apaixonados, medalha de ouro como campeãs de vendas no dia dos namorados. Ganharam você, como num mar de vinho tinto.
É por isso que falo sobre rosas, apenas porque não poderia não falar sobre elas.
Falo de rosas porque as rosas não podem falar por elas.

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